Nem todo mundo sabe como respeitar o coração que a gente tem, as feridas que ele já precisou superar, as escolhas que ele teve que fazer para sobreviver. Nem todo mundo entende o quanto o amor significa pra gente e a intensidade com a qual o vivemos.
Nem todo mundo conhece a gente de verdade, olhando na alma e prestando atenção nas palavras que dizemos e nas atitudes que demonstramos. Nem todo mundo tem tempo, tem disposição e interesse na gente. Nem todo mundo acredita no que a gente pode conquistar, no que a gente pode manter.
Nem todo mundo se preocupa em não aprisionar a gente. Nem todo mundo pratica a liberdade em deixar a gente solto, buscando a nossa própria luz, a nossa própria paz. Nem todo mundo é cúmplice, amigo, família e reciprocidade com a gente.
Porque nem todo mundo se questiona sobre isso. Nem todo mundo imagina que alguém como a gente possa, de um dia para o outro, perder o rumo, o afeto, a felicidade. Nem todo mundo tem paciência para reparar na gente. Mas nem todo mundo é responsável por qualquer uma dessas metades que a gente cruza ao longo do caminho.
Às vezes, mas só às vezes, nem todo mundo é saudade e saudável. E são nesses momentos em que a gente tem a opção de lamentar o apego que ruiu ou de desatar o nó que já não era mais feito da mesma sintonia.
Nem todo mundo é pra sempre na gente, e não há nada de errado com ninguém por causa disso. Deixa o coração respirar de novo.