No Centro de Detenção de Monroe, na Florida, EUA, eles não só acreditam em novas chances, como resolveram tratar essa oportunidade de reabilitar detentos e voltar para a sociedade de uma outra forma.
Eles uniram detentos com animais que sofreram maus tratos e foram abandonados. E engana-se quem pensa que essa ideia é de agora. Os primeiros animais chegaram há 21 anos. Inicialmente, eram apenas alguns patos. Hoje, são 150 animais de todas as espécies, como preguiças, alpacas, cavalos, entre outros. Uma verdadeira fazenda, chamada Monroe County Sheriff’s Office Animal Farm.
“Achei que seriam apenas alguns porcos”, diz Mike Smith, um dos detentos.”Eu não sabia que iam ter cobras, lagartos, jacarés e tudo mais.”
Eles ficam em um espaço ao lado do presídio e quem os traz é uma instituição de rede de resgate de animais.
Juntos, especialistas e prisioneiros, cuidam diariamente destes animais, e cerca de três vezes por semana é aberto para visitas e chega a receber 200 pessoas por dia.
“Eles me mantiveram concentrado”, explica Smith. “Espiritualmente, eles me ajudaram muito. Eu definitivamente não vou esquecê-los, isso é certo.”
Smith finaliza: “Fazer alguma coisa boa quando eu realmente estava em uma situação muito ruim me deu paz”.
Essa troca tem dado certo há mais de duas décadas: talvez seja pela empatia de se perceberem, detentos e animais, em situações semelhantes, talvez seja a oportunidade de trocarem afeto sem serem julgados, ou simplesmente pela bondade que potencialmente há em todos nós – e que os animais podem sempre ajudar a fazer florescer.