“O Estranho que Nós Amamos” é um drama psicológico intenso e envolvente que mergulha nas complexidades das relações humanas e dos conflitos de gênero. Dirigido por Sofia Coppola e lançado em 2017, o filme é uma adaptação do romance homônimo de Thomas Cullinan, mas com uma abordagem distintivamente moderna e feminina.
Situado durante a Guerra Civil Americana, o enredo se desenrola em uma mansão sulista isolada, transformada em um campo de batalha improvável quando um soldado da União ferido é abrigado pelas mulheres que lá residem. A presença deste estranho desencadeia uma série de tensões latentes, tanto entre as mulheres da casa quanto entre elas e o soldado.
O filme é uma exploração fascinante da dinâmica de poder e desejo, destacando as diferentes formas de opressão que as mulheres enfrentam em uma sociedade patriarcal. Cada personagem é habilmente desenvolvido, com destaque para Nicole Kidman como a matriarca contida, Kirsten Dunst como a governanta solitária e Elle Fanning como a jovem sedutora. A atuação sutil e cativante do elenco ajuda a criar uma atmosfera de crescente tensão e intriga.
A direção de Sofia Coppola é magistral, capturando tanto a beleza serena quanto a inquietante claustrofobia da mansão sulista. Sua sensibilidade para nuances emocionais e detalhes visuais cria um mundo ricamente texturizado que é ao mesmo tempo sensual e opressivo.
“O Estranho que Nós Amamos” é um filme que fica na mente do espectador muito tempo após os créditos finais rolarem. É uma obra-prima cinematográfica que provoca reflexões profundas sobre poder, desejo e as complexidades da natureza humana.