Por Maria Cristina Ramos Britto
O nome é pouco conhecido, mas ele designa um transtorno mais comum do que se imagina: no+mobile+fobia significa fobia de ficar sem conexão móvel. Quem nunca quase foi atropelado na calçada por uma pessoa que vem caminhando de cabeça baixa, desligado do mundo à sua volta, conectado apenas ao seu celular ou smartphone? Talvez o desavisado transeunte esteja desenvolvendo nomofobia, que significa dependência em celular ou aparelhos semelhantes. Considerada também um vício, a interrupção ou impossibilidade de usar o aparelho causa reações emocionais, como ansiedade e angústia, e físicas, como sudorese e taquicardia, sinais de síndrome de abstinência, como nos casos de dependência de drogas, por exemplo.
Tudo na vida tem aspectos positivos e negativos, estes últimos prevalecendo se não houver equilíbrio no uso e usufruto. Em relação à tecnologia, o princípio de equilíbrio também se aplica. Ferramenta imprescindível nos dias atuais, o celular popularizou-se e, além da utilidade profissional, serve para aproximar as pessoas, diminuir distâncias, resolver questões urgentes. Mas se o indivíduo nunca desliga o celular, inclusive à noite, dormindo com ele ligado ao lado da cama; entra em sofrimento quando ninguém telefona, ou se fica sem bateria ou crédito; abandona qualquer atividade, como situação de trabalho, estudo, reunião social e familiar, para atender uma chamada ou responder a uma mensagem; apresenta alteração de humor e comportamento quando se vê impossibilitado de usar o aparelho ele está manifestando que o celular em vez de solução tornou-se um problema.