Carl Sagan foi não só um dos mais importantes cientistas da sua época (era astrobiólogo, astrofísico, cosmólogo e escritor), foi também um grande divulgador da ciência, alguém dotado de sensibilidade única quando o assunto era falar sobre os mistérios do Universo – que tentava não só desvendar com sua mente brilhante, mas também explicá-lo de modo que todos pudessem entender. Sua famosa série televisiva Cosmos, que foi ao ar na década de 80, é um marco da divulgação científica. Em seus 12 capítulos é possível encontrar sensíveis lições de humanidade, ética, tolerância e humildade.
Recentemente foi exibida uma nova versão de Cosmos, transmitida em mais 170 países. Dessa vez o programa foi liderado por Neil de Grasse Tyson, outro grande cientista que também teve Sagan como mentor e inspiração.
Carl Sagan fazia ciência parecer poesia. Fazia parecer, não: ele conseguia demonstrar que ciência também é poesia. Ao traduzir ideias complexas, ele nos fazia refletir sobre o nosso lugar neste vasto universo, sobre como somos pequenos e insignificantes. Suas lições permanecem atuais e urgentes para qualquer geração.
Para quem ainda não teve o devido contato com a obra dessa grande mente, aí vai uma dica: há um tempo um cara chamado Reid Gower fez um tributo à ele, unindo lindas imagens e uma trilha sonora animal com excertos de narrações feitas pelo próprio Sagan em uma série de 7 pequenos capítulos. Aproveitem a jornada.