Bert Hellinger é o psicoterapeuta criador das CONSTELAÇÕES FAMILIARES, para ele, nosso sucesso está intimamente ligado a maneira como tratamos as nossas mães. Ele foi o formulador das Leis Sistêmicas do Amor e da Vida e explica que para sermos felizes completamente precisamos aceitar a nossa mãe plenamente, entender a criação que ela nos deu, e ter uma boa relação com ela.
Para muitos, essa tarefa parece impossível, pois carregam mágoas por não se sentirem amados o suficiente. Outros pensam terem sido castigados injustamente, enquanto em muitos casos o melindre se dá por ter sido preterido ou abandonado pela figura maternal. Mas Bert afirma que não há como ser feliz plenamente sem essa aceitação e perdão.
O problema é que a maioria das pessoas que enfrenta dificuldades na vida, guarda muita mágoa e as cicatrizes ficam enraizadas na alma. Isso faz com que eles não queiram se desvencilhar dessas marcas profundas e por conta disso, a vida também, acaba por abandoná-los a própria sorte.
Enquanto não entendermos que só estamos vivos por conta de um sacrifício materno, e que todas as nossas células e fisiologia foram formadas no ventre de nossas mães e só por isso estamos aqui, respirando…. Continuaremos batendo cabeça pelas paredes da vida.
Todas as marcas que carregamos, podem sim ter sido adquiridas de experiências traumatizantes, onde nossas mães estiveram presentes, mas nunca devemos esquecer que “mães” são seres humanos imperfeitos e que erram tentando acertar. E se arrependem… Ou não…
Algumas são orgulhosas, petulantes, arrogantes, mandonas, possuem milhares de defeitos, mas, sobretudo, estão aqui pelo mesmo motivo que nós, para evoluir e aprender a amar. Ou seja, não podemos cobrar atitudes evoluídas de seres que ainda engatinham quando o assunto é amor e compaixão.
Nessa vida só podemos cobrar boas atitudes de nós mesmos, por isso, devemos alimentar em nós a mudança que queremos ver no outro. E isso serve para a nossa mãe.
Se não conseguimos amar a nossa mãe com os defeitos que ela possue, não seremos amados também por ela. E esse labirinto de emoções confusas minarão as nossas possibilidades de sucesso na vida.
Quando nos afastamos de nossa mãe, criticamos e nos revoltamos contra ela, estamos mostrando a nossa arrogância, dizendo ao mundo que somos melhores que ela e que por isso não queremos uma aproximação. Mas se engana quem pensa que essa é a melhor solução, visto que quando tomamos essa atitude acabamos negando a nossa história, e perdendo o sentido de pertencimento.
Para entendermos melhor, a negação do amor materno, além de nos causar danos psicológicos graves, ainda nos desconecta da ordem natural da vida, e do amor que nasce no ato da nossa criação. Essa atitude nos leva a um total sentimento de abandono e fracasso moral, além de bagunçar fortemente nosso sentido de autoestima.
Desta forma, nos tornamos inseguros, ranzinzas, mal-amados, nos sentimos incompreendidos e não nos adaptamos socialmente. Essa personalidade confusa acaba por criar problemas familiares transgeracionais que serão muito difíceis de serem resolvidos, e só serão solucionados, se perdoarmos e aceitarmos a mãe que temos.
Somente assim, dizendo sim a vida, e a quem nos deu a vida, é que conseguiremos viver plenamente, de maneira leve e feliz, realizados profissionalmente e pessoalmente, disfrutando o sucesso que reside no perdão e no amor!
Editorial CONTI outra.
Imagem de capa: giulia186/shutterstock
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