Por mais que o tempo tenha passado e as discussões tenham evoluído, menstrução ainda é um assunto “tabu” em nossa sociedade. Além disso, há mulheres que encontram obstáculos na hora de adquirir esses itens de higiene feminina, como absorventes, principalmente quando são adolescentes e não há muitas informações sobre isso.
Esse problema foi identificado pelo governo da Nova Zelândia, liderado pela primeira-ministra Jacinda Ardern. A partir daí, surgiu um programa piloto para ajudar no acesso a produtos de higiene feminina para jovens mulheres no país.
De acordo com o The Guardian, o programa beneficiará 3.200 jovens de 15 escolas da região. “Queremos uma melhor participação, aprendizagem , menos jovens faltando à escola devido à menstruação e menos dificuldades financeiras entre as famílias”, explicou o primeiro-ministro.
A Ministra da Mulher, Jan Tinetti, explicou que muitas jovens sentem medo ou vergonha de ir às escolas durante os dias menstruais porque havia falta de conhecimento e às vezes se sentiam “presas” por não ter os produtos corretos.
Por sua vez, Ardern especificou que “quase 95.000 jovens de nove a 18 anos podem ficar em casa durante a menstruação porque não podem pagar pelos produtos da época”.
Uma ONG local, que se dedica ao fornecimento de produtos sanitários e de higiene para escolas, a Dignity, também passou a fazer parte da proposta. Sua co-fundadora, Miranda Hitchings, explicou ao The Guardian que “para os alunos, a falta de acesso aos produtos da época não apenas exacerba os sentimentos de vergonha e um peso financeiro de gênero, mas demonstrou aumentar o absenteísmo”.
A ideia foi criada pela própria Ardern, que está no comando desde 2017.
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Redação Conti Outra, com informações de UPSOCL.
Fotos: Rádio Michigan /AP.