Sinto muito, mas não pode ser. Não você, não com essas atitudes, não com essas ausências. Eu prefiro preservar o meu coração que já foi machucado algumas vezes e desistir agora.
Sempre pensei que o amor da minha vida surgiria de sorriso aberto, carregando nada menos do que parceria e poesia na sua fala, no seu gingado. Mesmo sabendo que nem todos os dias são iguais e que nenhum amor é perfeito, ainda assim tinha a esperança de esbarrar com alguém que entendesse que sem reciprocidade – no respeito e nas promessas, não é amor. Não é nem um relacionamento sério. É só vaidade, é só paixão que dá e passa. Que desbota com o tempo e perde o sabor depois das primeiras migalhas.
O amor da minha vida não pode ser você que fala que tem saudade, mas não que se esforça para diminuí-la. O amor da minha vida não pode ser você que finge que escuta, mas que não quer saber de nada dos meus pensamentos. O amor da minha vida não pode ser você que me beija gostoso e que me preenche entre quatro paredes, mas que depois me sabota e me destrata na mais falsa oportunidade.
O amor da minha vida não pode ser que você que me abusa, seja emocionalmente ou verbalmente. O amor da minha vida não pode ser você que me manipula, que me prende, que me cansa, que me nega, que me suga até os últimos afetos.
Eu mereço mais. As minhas cicatrizes ainda estão curando e não é justo que eu desista do amor e da vida por sua causa. Desisto de você em vez disso.
O amor da minha vida não pode se você. Ele não é. Ele não precisa ser. Nem com toda a falta do mundo, nem com toda a tristeza que eu venha a sentir quando te der adeus.
O amor da minha vida, o verdadeiro, esse me conhece, me repara no fundo dos olhos e no fundo da alma. O amor da minha vida eu já tenho, mas aceito companhia se for amor para somar.