Em comum em todos os filmes listados abaixo está o amor maduro, despido dos delírios românticos da juventude, mas tão belo e tocante quanto. Esse é um amor que acontece na vida enquanto andamos por ela, muitas vezes ligeiramente distraídos. Como cada um de nós lida com ele? Isso depende de tudo que somos. O amor não escolhe seu paradeiro, ele só escolhe ser. Tomei o cuidado de escolher filmes cujas personagens femininas são preponderantes. Em grande parte dos casos o enredo gira, principalmente, em torno delas.

Espero que gostem!

1. Entre Dois Amores / De: Sydney Pollack, EUA, 1985

Entre Dois Amores é um daqueles filmes que marcam época e emocionam.  Com uma interpretação maravilhosa de Meryl Streep e de Robert Redford e com uma fotografia e enredo primorosos, é um achado na Netflix. Baseado na história real da escritora dinamarquesa Karen Christenze Dinesen (1885-1962), que mais tarde passaria a ter o nome de baronesa Karen von Blixen-Finecke, o filme se passa no começo do século vinte e retrata uma mulher muito à frente de seu tempo que por causa de um casamento por conveniência parte para a África e encontra lá o seu verdadeiro amor. Preparem os lencinhos, pois esse filme emociona.

2. As Pontes de Madison / De: Clint Eastwood, EUA, 1995

O filme adaptado da obra homônima de Robert James Waller se passa em 1965 e relata a história de Francesca (Meryl Streep), uma solitária dona de casa italiana residente em Iowa, que enquanto o marido e filhos se encontram fora, conhece e se apaixona pelo fotógrafo Robert Kincaid (Clint Eastwood), que chegou ao condado de Madison para fotografar as pontes do local. O filme é inesquecível e está disponível na internet mediante pagamento, mas vale a pena perguntar a um amigo cinéfilo se pode emprestá-lo. Impossível não se emocionar com um dos mais românticos filmes da década de 90.

3. O Encantador de Cavalos / De: Robert Redford, EUA, 1998

Encantador de Cavalos é um filme inspirado em um livro de Nicholas Evans. O roteiro gira em torno da história de recuperação de uma adolescente interpretada por Scarlett Johansson que junto da mãe (Kristin Scott Thomas) parte com um cavalo, em busca de um treinador talentoso e recluso (Robert Redford) que ensinará a elas muito sobre a vida e o amor ao mesmo tempo em que recupera o animal. Um amor maduro dedilha o coração do treinador e da mãe da adolescente. Imperdível para quem ama filmes cheios de muito romance e de lições de vida.

4. Sylvia – Paixão Além das Palavras / De: Christine Jeffs, Reino Unido, 2003

Esse filme é uma biografia encantadora da poetisa, romancista e contista norte-americana Sylvia Plath. Interpretada com maestria por Gwyneth Paltrow, a personagem mostra uma Sylvia sensível e loucamente apaixonada por Ted Hughes, poeta de quem foi esposa e com quem teve dois filhos. Um passado conturbado, um presente incerto e um futuro nebuloso marcaram a história dessa mulher apaixonada e sensível. Um filme memorável que mostra um belo panorama da vida conjugal de Sylvia e de como o ciúme, a infidelidade e inúmeras incertezas minaram as expectativas dela com relação à vida.

5. Sob o Sol da Toscana / De: Audrey Wells, EUA – Itália, 2004

Frances Mayes, interpretada por Diane Lane, é uma escritora que vive em São Francisco até se divorciar. Ela recebe como presente de amigas um pacote turístico para a Itália. Durante a excursão, Frances passa pela Toscana e num momento mágico resolve comprar uma casa com mais de 300 anos. Enquanto ela cuida de sua nova casa acaba conhecendo muitas pessoas e se apaixona. Uma ótima pedida para quem gosta de filmes com personagens maduras e fortes que conseguem dar a volta por cima.

6. Apenas uma Vez / De: John Carney, Irlanda, 2006

Esse filme é encantador. Uma mulher casada que vende rosas nas ruas se encontra com um músico compositor e a magia simplesmente acontece. A admiração mútua entre ambos faz florir um repertório musical único cheio de muita parceria. É o amor que brota em meio às intempéries, justamente quando não pode ser. Nesse caso a personagem feminina tem tanto peso quanto a masculina e a beleza do enredo está, para mim, no fato de que a vida é retratada justamente como ela é. Além do enredo, a trilha sonora é inesquecível.

7. Meus Dias no Cairo / De: Ruba Nadda, Canadá-Irlanda, 2009

Esse filme é uma pérola de uma delicadeza sem fim. Fala sim do choque cultural entre ocidente e oriente, mas tem como foco principal um amor maduro, que nasce do desejo e da admiração. Que brota entre as restrições. Um filme extremamente íntimo e pessoal. Juliette (Patricia Clarkson) trabalha como editora de uma revista no Canadá. Ela e seu marido (Tom McCamus), um funcionário da ONU, resolvem se encontrar no Cairo durante as férias, contudo, tendo tido um contratempo, o marido pede para Tareq (Alexander Siddig), um amigo seu, que faça companhia para sua esposa.

8. Comer, Rezar, Amar / De: Ryan Murphy, EUA, 2010

Impossível falar de mulheres fortes e maduras, sem se lembrar desse filme. Julia Roberts está espetacular interpretando a escritora norte-americana Elisabeth Gilbert que resolve se divorciar e largar tudo, seguindo para a Itália, Índia e Bali. Em sua última parada conhece um brasileiro que faz seu coração bater mais forte. O filme é uma biografia encantadora da escritora e tem motivado mulheres do mundo todo.

9. A Chave de Sarah / De: Gilles Paquet-Brenner, França, 2010

Esse filme é bastante impactante e diferente dos outros aqui listados, pois não trata do amor romântico. Morando em Paris com o marido francês, Bertrand, e uma filha adolescente a repórter Julia Jarmond (Kristin Scott Thomas) está prestes a se mudar para um pequeno apartamento, pertencente à família do marido, quando descobre que o local guarda uma ligação com a história de Sarah, uma menina judia, vítima da ocupação nazista na França em 1942. Julia busca descobrir a verdade sobre Sarah e sobre sua própria vida, reavaliando suas decisões em um momento delicado no casamento, onde sua vontade pode determinar o fim dele e o começo de uma nova fase.

10. W.E. – O Romance do Século / De: Madonna, Inglaterra, 2011

A história real de Wallis e Edward – o título do filme vem das duas iniciais – é uma trama extraordinária. Em meados dos anos 1930, o mundo está às vésperas da segunda guerra mundial, e Edward, o herdeiro do trono da Inglaterra e do Império Britânico, apaixona-se perdidamente por uma mulher plebeia, não britânica, casada, já divorciada uma vez e americana chamada Wallis Simpson. Nesse filme, assim como em “A Chave de Sarah”, a trama é contada em dois planos. Um deles diz do passado e da história de Wallis e Edward, o outro fala de Wally, uma mulher infeliz no casamento que admira a história do casal. Novamente temos aqui os holofotes voltados para as duas figuras femininas do filme: Wallis e Wally. Lindo, vale muito a pena.

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Vanelli Doratioto

Vanelli Doratioto é especialista em Neurociências e Comportamento. Escritora paulista, amante de museus, livros e pinturas que se deixa encantar facilmente pelo que há de mais genuíno nas pessoas. Ela acredita que palavras são mágicas, que através delas pode trazer pessoas, conceitos e lugares para bem pertinho do coração.

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