Na década de 1990, o casamento entre a princesa Diana e o príncipe Charles tornou-se o centro de uma das maiores controvérsias na história da família real britânica. A relação tumultuada, permeada por infidelidades e intrigas, envolvia o então herdeiro do trono, sua esposa e Camilla Parker Bowles, hoje rainha consorte, que figurava como a terceira parte em um “casamento a três”, segundo a própria Diana.
A dissolução do matrimônio foi um divisor de águas para a monarquia e chocou o mundo, principalmente porque divórcios na família real eram, à época, raros e delicados. Em uma entrevista à BBC, que marcou uma era, Diana comentou sobre a crise no relacionamento. “Bem, havia três de nós neste casamento, então estava um pouco lotado”, afirmou a princesa de Gales, em uma das declarações mais impactantes e lembradas da história recente.
A confirmação pública do affair entre Charles e Camilla foi um golpe devastador para Diana. A princesa, que conquistara a simpatia global, referia-se a Camilla com o apelido de “Rottweiler”, de acordo com Simone Simmons, amiga íntima de Lady Di e autora do livro Diana: The Last Word. Simmons explicou que Diana escolheu o apelido por acreditar que “uma vez que Camilla morde alguém, não solta mais”. A relação extraconjugal de Charles não era segredo, mas a maneira como o casal lidou com o problema mostrou a profundidade da crise.
Conforme relatado por Simmons, Diana chegou a confrontar Charles diretamente sobre o relacionamento, porém nunca obteve uma resposta clara. “Ele não negava, não mentia. Simplesmente se recusava a responder”, afirmou. Para Simmons, ambos demonstraram imaturidade na maneira de lidar com o conflito. Além disso, Diana teria passado por momentos de grande estresse, a ponto de, nos primeiros anos da década de 1990, ligar para Camilla de madrugada, desligando imediatamente após a outra atender.
Esse cenário de traição e silêncio trouxe à tona as profundas tensões dentro da família real, que culminaram no divórcio em 1996, marcando o fim oficial de um casamento que desde o início parecia fadado ao fracasso.
A figura de Diana permanece forte na memória coletiva, enquanto a trajetória de Charles e Camilla seguiu outro rumo, com a coroação de Camilla como rainha consorte ao lado do agora rei Charles III, em 2023. Contudo, as feridas deixadas pelo conturbado triângulo amoroso dos anos 90 ainda reverberam no imaginário popular.
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