Este é o primeiro texto que estou publicando em 2019, e pensei num tema sensacional para começarmos nossas reflexões. O exibicionismo! O que me inspirou a escrever foram algumas sábias palavras do monge rosacruz Caciano Camilo Compostela. Confira!
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“Não é porque você está calado, sozinho, distante dos círculos de festivas risadas e bebidas ao som de ritmos dançantes que és uma pessoa triste! Veja bem, não é porque te recusas a entrar na competição por grifes, modas e selfies, babando pelos mais caros carros ou o mais novo lançamento de smartphone que estais fracassado. Note que se não dás a mínima por parecer mais feliz do que és é porque, talvez, o seja mais do que parece.”
Caciano Camilo Compostela
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Achei perfeita a sua colocação e na mesma hora pensei no quanto eu admiro as pessoas que são discretas, pessoas que de forma elegante e serena mostram que de fato são felizes, sem precisarem provar nada pra ninguém.
Hoje consigo entender melhor que muito do que admiramos nos outros existe dentro de nós, da mesma forma que tudo que odiamos nos outros também. O nome desse processo é projeção! Amplamente estudado e propagado pelos psicólogos.
Fiz essa observação porque me considero uma dessas pessoas discretas que não saem por aí tirando self o tempo todo com todo mundo, às vezes até mesmo sendo inconvenientes. E quem já leu textos meus sabe que frequentemente critico o consumismo desenfreado que só agudiza o nosso egoísmo e prejudica cada vez mais a nossa própria harmonia, além de estar destruindo o planeta.
Eu só compro um celular novo quando o antigo já está pifando total, quando já não tem memória pra carregar nem mesmo uma simples foto! Você sabia que no Brasil existem muito mais celulares do que pessoas? Isso é surreal. Sendo bem direto ao ponto, isso só é possível porque muitas pessoas têm 2, 3, 4 celulares ou até mais, e existe um número gigantesco de pessoas na faixa da extrema pobreza que nem sequer tem celular.
Com relação aos carros não é diferente. Muitos têm vários carros na garagem enquanto milhões nem sequer cogitam a possibilidade de um dia comprarem um carro. Posso falar pela minha própria experiência que aqueles que têm praticamente uma frota na garagem costumam não ser tão felizes quanto as pessoas mais simples que andam pra todo lado de ônibus ou aqui acolá de UBER.
Quando será que vamos nos tocar de que não são as coisas materiais que trazem a verdadeira felicidade hein? Tanta gente bate nessa mesma tecla e a maioria das pessoas continua caindo na mesma armadilha, na mesma cilada. Tem até um vídeo incrível que já assisti diversas vezes e que fala sobre como ter uma vida longa e feliz. O vídeo se chama “Do que é feita uma vida boa?” com o psiquiatra Robert Waldinger. No vídeo ele conta sobre a mais longa pesquisa feita sobre a felicidade que durou 75 anos e acompanhou centenas de pessoas por praticamente o período de uma vida.
Ele fala sobre o que você já sabe, mas é sempre bom repetir. Não é riqueza, nem fama, nem poder que trazem a verdadeira felicidade. Uma das coisas que mais traz felicidade é ter relacionamentos significativos! Quanto mais sinceros e profundos eles forem, mais felizes e longevos nós tendemos a ser. Não é incrível? Segue abaixo esse vídeo imperdível…
Muitas selfies são tiradas com pessoas famosas, pra quê no final das contas? Para exibir nas redes sociais com as conhecidas hastags…
#reveilloncopacabana2019gilbertogil
#reveillonpraiadeiracema2019mariliamendonça
#reveillonsalvador2019danielamercury
Nada contra as selfies com os famosos e as hashtags! Estou apenas questionando que não é esse exibicionismo que revela a felicidade de cada um. Ela se encontra do lado de dentro, e como diria o querido Mario Sergio Cortella: “a felicidade é episódica”. Ninguém consegue ser feliz de forma perene! Isso seria uma tolice, um estado de entorpecimento que é impossível de conseguir.
Enfim! Espero que tenha gostado dessa reflexão bem questionadora e sigamos juntos nesse ano que está apenas começando.
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