Hoje o dia está sendo um pouco mais difícil do que o habitual. Manter-se motivada a lutar e construir uma nova vida, uma vida mais plena, é difícil pra chuchu. Hoje, então, está sendo difícil para um chuchu megagrande (risos)!!
Divulgamos em nosso Facebook, algumas semanas atrás, a seguinte frase: “As pessoas costumam dizer que motivação não dura para sempre. Bem, nem o efeito do banho, por isso, recomenda-se diariamente” (Zig Ziglar). A motivação não vem do nada, ela se constrói. Mas, além de motivação para seguir adiante, o que me faz falta, em alguns momentos, é aceitar que os resultados de meus projetos levam sempre mais tempo do que eu gostaria.
Este ano, festejei meus 35 anos. E, descontando os meses que estamos vivendo no Uruguai, foram 35 anos vivendo em um formato, preparando-me para um modelo de vida, vivendo dentro de padrões estabelecidos… Há cerca de um ano, decidi mudar isso, e, há oito meses, dei o primeiro passo. E fico “deprê” por não conseguir implementar todas as mudanças que havia planejado! Ok, podem rir de mim…é ridículo, eu sei, mas, acho que não sou a única nesse barco, não é?! Quantos de vocês também se impacientam, desanimam, perdem a perspectiva das lutas e conquistas? E por quê? Porque estamos acostumados a viver num mundo imediatista.
Hoje em dia, então, com a internet e os “zapzaps” da vida, tudo é imediato. Você manda uma mensagem, por exemplo, e espera receber respostas rápidas. Se demorar demais, “algo aconteceu”. E olha que não sou uma crítica à tecnologia, ainda mais porque ela tem me ajudado muito a estreitar distâncias, registrar momentos lindos da vida e compartilhá-los com amigos e familiares. Mas percebo que, por trás dessa tecnologia útil, está um modo de vida que vai se infiltrando e se acomodando em nosso coração e nossa mente. Queremos tudo para ontem. Estamos cada vez mais impacientes, viciados em respostas imediatas e resultados rápidos.
O imediatismo nos domina e, pior de tudo, nos põe para baixo. Se não temos sucesso rápido em nossos projetos, ficamos frustrados e pensamos em desistir. Dar-se tempo para realizar novas conquistas e retraçar caminhos é fundamental para quem está desejando uma mudança realmente transformadora. Compreender que não é possível redesenhar sua vida em poucos meses é fundamental para conseguir superar os momentos difíceis e de desânimo. Desejar mudanças imediatas seria um autoboicote. Desistir de seus planos e sonhos seria um grande erro.
Felizmente, existem muitas ferramentas que me ajudam a manter a esperança e a perseverança. A principal delas é traçar metas “do bem”. O nome diz tudo, não são metas inatingíveis e de longo prazo que vão exigir transformar seu cotidiano em uma angustiante luta. Não! Traço metas diárias e acessíveis. Faço minha lista de afazeres diários focada na mudança de vida que desejo ter lá na frente, no entanto, com atividades que consigo iniciar e concluir, no máximo, em algumas horas. Se é algo grande e difícil, divido o trabalho em partes pequenas e fáceis. Ao fechar o dia, o fato de ter conseguido avançar, me dá o prazer de ter cumprido uma “tarefa”. Tenho a sensação de bem-estar. Existem estudos que mostram que o fato de “ticar” uma tarefa em sua lista de afazeres libera dopamina, um hormônio altamente viciante e que nos ajuda a manter motivados para realizações maiores.
E aí vem uma dica bônus minha que uso com frequência: quando for traçar sua lista de afazeres, inclua nela algo que você fez recentemente ou fará em seguida. Algo que você tenha mais facilidade. Isso te permitirá em pouco tempo já riscar algo da lista e você terminará tendo um pequeno estímulo inicial. Para mim faz toda a diferença! Já libera a dopamina para seguir adiante. Ah e como é bom!
É por termos consciência desses momentos difíceis que insistimos no Vida Borbulhante que podemos mudar de vida aos poucos e fazendo pequenas mudanças cotidianas e diárias. Bem ou mal, precisamos ter o pé no chão e saber que nenhuma mudança é rápida e fácil. Largar tudo para o alto e sair sendo feliz é o conto de fadas moderno. Construir é muito mais difícil do que desconstruir… Não é à toa que tem mais gente para criticar do que para ajudar, não é?! Mas, enfim, isso é outra história, para outro post!
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