Por Josie Conti e Nara Rúbia Ribeiro
Ao contrário do que muitos pensam, as boas intenções podem sim operar milagres.
Existem momentos na vida em que sincronismos ocultos ganham vida e fazem com que vidas se cruzem.
Isso acontece quando recebemos um abraço quando mais precisamos, quando pensamos em alguém especial e a pessoa nos liga ou mesmo quando sinceramente desejamos algo bom a alguém e a pessoa e alguma forma entende e recebe toda aquela energia boa: a energia do amor.
As pessoas sempre buscaram formas de demonstrar seus afetos e intenções:
[quote_box_left]Diz a lenda que no ano de 200 antes de Cristo, mestres, juízes e sacerdotes na Inglaterra e Irlanda consideravam o trevo de quatro folhas sagrado por formar a imagem da CRUZ pelas quatro folhas, significando perfeita unidade e equilíbrio. Ou seja, para eles, achar um trevo de quatro folhas era não ter dificuldades na vida, apenas SORTE e SUCESSO.Além da imagem da Cruz, cada folha também possui um significado, que pode ser interpretado de algumas maneiras, por exemplo, como as quatros estações do ano, as quatro fases da Lua, os quatro elementos da Natureza e ainda traz um significado de: Esperança, Fé, Amor e Sorte.[/quote_box_left]
O erro humano, entretanto, sempre foi deslocar o poder da intenção pessoal e genuína para o objeto utilizado para representá-la.
Recentemente o padre Fábio de Melo recebeu uma forte reprimenda da Igreja Católica após exaltar a necessidade de que as pessoas voltassem sua fé e intenção para Deus. Sua crítica, que não foi bem aceita, pedia que as pessoas diminuíssem o culto a objetos como medalhinhas ou mesmo a Maria, mãe de Jesus, quando o mesmo acontece de maneira consumista e exagerada e perde-se o sentido da fé.
Boas intenções são atos de sutileza, delicadezas não relacionadas a um valor monetário e funcionam a medida que, quem as recebe, está aberto para a mudança.
Abaixo a história de um trevinho de 4 folhas que levou a alguém as mais sinceras intenções:
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Ter sorte, na minha opinião, não é uma escolha do destino. Ter sorte depende da escolha cotidiana de estar ao lado dela. Na minha casa em Floripa, nascem trevos de 4 folhas e há 4 anos fui para França e levei 500 trevos comigo. Na época pretendia vende-los pois planejava comprar equipamentos para realizar um sonho de ser Dj. Mas já na segunda noite em Paris uma menina foi até a casa onde eu estava com amigos. Sua expressão era profundamente triste e, durante a conversa, ela nos relatou que fazia 4 meses que estava desempregada , sem dinheiro já pedia até ajuda na rua…
Demos comida a ela e antes que ela fosse embora eu lhe entreguei um dos meus trevos de quatro folhas. Junto com o trevo presenteei-a com as melhores intenções de que as coisas melhorassem em sua vida. Frente a sinceridade do gesto, ela começou a chorar e a dizes, ainda incrédula, que há 4 dias tinha desenhado um trevo e que agora estava ganhando um trevo de verdade de alguém que nem conhecia.
Feliz ela foi embora com um sorriso e um entusiasmo que mexeu muito comigo. Ela exalava esperança!
No dia seguinte, quando saí para ir ao supermercado, ao invés de entrar no primeiro que encontrei, senti-me motivado a continuar. Caminhei por cerca de 30 minuto quando vi um mercado do outro lado da rua. Quando lá entrei, deparei-me com a mesma menina. Ela correu em minha direção e me um grande abraço enquanto contava que tinha acabado de voltar de uma reunião e tinha conseguido um emprego!!!
A cena seguinte, para quem viu, foi a de dois jovens abraçados e chorando em profundo reconhecimento.
Depois daquele dia não consegui vender os trevos e comecei a entregá-los às pessoas que passavam pelo meu caminho. Hoje, 4 anos depois, ainda me dedico a isso…Criei uma fanpage chamada Rede Trevo do Amor onde compartilho as incríveis histórias que foram surgindo. Essa foi a maneira mais pura e verdadeira que encontrei de demonstrar meu amor!
Cauê Sagae de Oliveira
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Seja com um trevinho, com um abraço ou mesmo um olhar terno, a intenção direcionada e sincera, atingi seu objeto, basta que o outro esteja atento e aberto para recebê-la.
Nota da CONTI outra: A história acima foi reproduzida neste espaço com a autorização de Cauê Saga de Oliveira.
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