Outro dia encontrei um conhecido que é bombeio. Ele, dentre outras coisas, relatou-me que comumente atendia chamados de pessoas que tentavam tirar a própria vida.
Eu perguntei então qual era a principal causa para que elas em desespero se trancassem em casa com uma arma ou subissem em uma torre com o propósito do fim. E para minha surpresa ele respondeu: uma decepção amorosa.
Questões financeiras e de saúde são muito preocupantes e se declaram assim, mas quando falamos em fim de relacionamentos poucos realmente se atentam à importância da questão. Como se o amor viesse atrás do sucesso financeiro e do status de uma vida imaginária.
Todos já sofremos por amor, todas as pessoas empáticas do mundo já experimentaram a dor pungente do fim de um relacionamento e, por experiência própria, quando a expectativa no outro é desfeita o único caminho para a superação se chama: amor-próprio.
Apesar de não conseguirmos em momento algum da vida responder com palavras quem realmente somos, pois nosso Eu é imensurável, é importante que a gente se sinta bem em nossa companhia e descubra o que nos faz bem antes de entregar a nossa felicidade ao outro, como se ele fosse capaz de fazer por nós o que nós mesmos não fizemos.
Eu sei, é tentador correr em direção ao outro, ainda com o nosso eu em construção, para que esse outro cure nossas dores, reboque nossas incertezas e arrume nossa bagunça, mas é melhor ter calma e ajeitar as coisas aí dentro primeiro. É melhor se tornar antes uma boa companhia para si para então ser uma boa companhia para o outro.
Se ame. Se conheça. Se desvende. Vá a uma festa sozinha. Vá à praia de manhãzinha. Vá comprar um vestido para ir até o parque de diversões no fim da rua. Vá ao sarau dos poetas loucos. Vá fazer novas amizades. Vá ler “Uma Aprendizagem” de Clarice. Vá dar ouvidos a essa pessoa que existe aí dentro e que não tem sido ouvida há tempos. Vá realizar desejos e viver prazeres. Vá descobrir seus gostos para poder vivê-los com outros.
O desespero no amor acaba fazendo com que pessoas ajam de forma impulsiva. A falta do amor do outro é dilacerante, mas a falta do amor em nós pode nos levar ao fundo do poço ou à beira de um abismo. E por mais que existam pessoas como meu amigo, que felizmente, estão preparadas para salvar vidas, a crença no amor deve vir primeiro de nós. Se o amor do outro nos faltar, que o nosso amor possa nos salvar das dores da vida.
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Atribuição da imagem: pixabay.com – CC0 Public Domain
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