O clássico juvenil foi lançado em 1943 e agora, após mais de 70 anos de seu lançamento, o famoso livro “O Pequeno Príncipe” ganhou sua primeira versão em braile.
O responsável pela transcrição foi o artista Claude Garrandes, que é cego e com o apoio da Fundação da Juventude Antoine de Saint-Exupéry permitiu a todos ter a chance de ler esse livro cativante.
“O Pequeno Príncipe” faz parte da infância de muitas crianças e, portanto sua versão para deficientes visuais é mais um passo para a inclusão!
De todas as obras literárias no mundo, apenas 5% (em países desenvolvidos) são transcritas para braile, sendo nos países subdesenvolvidos apenas 1%. Essa informação vem da União Mundial de Cegos (WBU) que representa cerca de 253 milhões de pessoas com deficiência visual em mais de 190 países.
O braille permite que pessoas cegas sejam alfabetizadas e se tornem mais independentes e autônomas. A leitura com os dedos possibilita ler embalagens dos mais diversos produtos, como também placas e botões de elevadores, lhes proporcionando também mais segurança e conforto.
Composto por 63 sinais, o braille é gravado em relevo em duas filas verticais, com 3 pontos cada uma. Lê-se pelas pontas dos dedos da esquerda para a direita.
Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 6,5 milhões de deficientes visuais no Brasil, sendo 582 mil cegos e 6 milhões com visão parcial.