A maior parte do que realmente importa para nos manter conectados à essência de nós mesmos, do outro e do mundo, não tem lógica alguma e nenhuma garantia. É do caos que nascem as ideias geniais. É dos conflitos que brotam as intersecções e os questionamentos necessários para nos tirar da paralisia emocional. É da incoerência que nascem as inquietações exatas para nos fazer questionamentos precisos sobre nossas supostas verdades, crenças e certezas.
Um dia você se dá conta que fez algumas escolhas estranhas, outras previsíveis, outras excessivamente planejadas. Fica parado um instante para contemplar-se e permanece ali, matutando sobre quem é, o que é que tem feito de extraordinário ou de ordinário, no que é que acredita e o que refuta, no que te move ou te anestesia. E, a depender das respostas que for capaz de se devolver, ficará satisfeito, insatisfeito, orgulhoso ou envergonhado sobre sua própria trajetória.
O problema maior, nem é descobrir que essa vida que anda levando não é nada daquilo que você sonhou. O problema maior é descobrir que você se acostumou a abrir mão do sonho, que você virou uma pessoa para a qual “tanto faz”, que a rotina conseguiu matar dentro de você o desejo pelo desconhecido.
O desconhecido é aquele motivo além do óbvio que faz a gente ser curioso, atrevido e saudavelmente irresponsável. Triste de quem evita o amor por medo de um dia sofrer a perda. Triste daquele que abre mão da travessia por medo da instabilidade do barco. Triste daquele que se habitua à solidão por medo dos desafios do convívio.
O convívio é oportunidade de descobrir dentro de nós alguém que é capaz de ouvir, enfrentar a própria urgência em detrimento da urgência do outro, entregar em outras mãos o nosso fardo para que ele tenha um significado de aprendizagem, além do peso.
E, tudo bem se você for meio desastrado e tiver uma alma volúvel que se apaixona facilmente. As paixões são excelentes professoras da arte de se conhecer. É por meio delas que vamos nos reinventando a cada vez que uma fogueira se apaga e deixa uma brasa remanescente para fazer surgir uma nova chama.
Paixões são gatilhos de alegria; e devem morar nas pequenas e nas grandes coisas. Devem ser reveladas numa casquinha de sorvete partilhada no fim da tarde, num toque de mãos que se entrelaçam, na descoberta de um novo talento, numa excitação interior que brota por nada. Estar apaixonado, por algo ou por alguém, faz a gente compreender que absolutamente todas as nossas experiências nos constituem e transformam.
No fim das contas, o que nos interessa mesmo não é ter nenhum poder; é quantidade de vezes que perdemos o fôlego, seja pelo riso que afrouxa as cordas da tensão de existir, seja pelo arrebatamento de uma forma bonita de afeto que nunca se havia experimentado, seja pelo enfrentamento de algum risco que tenhamos passado a vida inteira a evitar.
É na hora do salto que perdemos o chão para descobrirmos que nossas asas não ficam nas costas. Elas ficam dentro de nós, guardadas em nossa infinita capacidade de voar além dos medos, das limitações e das ilusórias garantias de segurança.
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