Psicologia-diversos

O poder nocivo, porém limitado, dos manipuladores

Artigo de Jackeline Barros

Os manipuladores são pessoas que ninguém, em sã consciência, gostaria de ter por perto. Mas, infelizmente, eles existem. Estão por aí, em quase todos os grupos sociais que conhecemos. Boa parte deles, disfarçados de simpáticos, prestativos, parceiros, colegas.
Conseguem forjar empatia. Aparentemente, podem parecer confiáveis. Podem também, se passarem por amigos. Mas, não se enganem, de perto, os manipuladores são bem diferentes. E muito nocivos.

São invejosos e mesquinhos. Mas são também inseguros. E talvez essa insegurança, explique (mas não justifique) esse desejo de prejudicar o outro em benefício próprio.
Quem já teve que conviver de alguma forma, ou por algum motivo, com uma pessoa manipuladora, sabe como essa convivência pode tornar sua vida difícil.

Os manipuladores vivem empenhados em distorcer verdades – em benefício próprio, claro. Também são mestres em farejar e identificar pessoas que possam ajudá-los a alcançar seus objetivos. Feita a identificação, farão de tudo para tornarem-se seus “melhores amigos”.

Colocam todas as suas energias e ações, em intrigas, mentiras, e muitas vezes, calúnia e difamação.

O que eles esquecem – apesar de alguns serem inteligentes – só alguns, não todos – é que é impossível manter uma “máscara” ou um “personagem” durante todo o tempo. É humanamente impossível travestir-se de bom, quando o que se esconde em baixo da pele de cordeiro nada mais é do que o lobo. Mais cedo ou mais tarde, o lado manipulador será revelado e, não há como fugir desse fato. O castelo, construído sobre o terreno pantanoso da mentira, desmoronará. Líquido e certo. É a infalível Lei do retorno.

Simples assim.

E por ignorarem esses fatos, cometem alguns erros que poderíamos, por assim dizer, prosaicos: pensam que são mais inteligentes que todo o resto do mundo. Não são. Imaginam que suas articulações maléficas, jamais serão descobertas. Mas, serão. E, esquecem-se do mais simples de todos os aspetos da vida, a mudança. Tudo muda. E nessas transformações, por mais agilidade em manipular que ele tenha, será impossível manter-se a salvo, valendo-se da mentira.

E já que, nem sempre, podemos escolher não conviver com essas pessoas, vão aqui, algumas dicas para tornar esse convívio, minimamente suportável e seguro para nós, que não compactuamos com eles:

  1. Evite ao máximo, estar próximo dessas pessoas. Se existe um manipulador no seu ambiente de trabalho, procure estar com ele apenas o tempo estritamente necessário. Se essa pessoa faz parte do seu convívio pessoal, use a mesma tática.
  2. Não entre no jogo dela. Não responda às suas alfinetadas, ironias ou coisas do gênero (muitos deles utilizam-se desses procedimentos). Ignore-a. Essa é, sem dúvida, a tática mais adequada.
  3. Quando tiver que tratar diretamente com ela, procure se cercar de alguns cuidados, tais como: evite tratar de assuntos importantes de forma verbal. Use o e-mail ou outro meio escrito. E se tiver que ter uma conversa importante, tente ter alguém confiável como testemunha.
  4. Seja educado. Afinal a educação foi feita para ser usada com todos, mas, seja sempre firme. Deixe claro que você não “joga no time” dele.

E por último, mas não menos importante, se você tem fé, reze. Principalmente quando estiver próximo do manipulador. A maldade nada mais é – para quem assim acredita, claro – que uma energia negativa. E a oração é a energia positiva (e muito mais forte, creio eu). Então, nada melhor que neutralizar o mal com o bem. Porém, por mais sofrimento que os tais manipuladores causem, não podemos esquecer – ratificando o que já foi dito aqui – que eles se destruirão sozinhos. Seu poder é limitado. Um dia, sua influência acabará.

E nessa hora, ele ficará só. Porque nunca construíram amizades, e sim, relações baseadas em interesses. Então, sigamos em frente e, como bem disse Josie Conti, em um de seus brilhantes artigos, que trata desse mesmo assunto com maestria – como é comum em seus textos –”Os manipuladores cavam a sua própria cova. Deixemos que trabalhem em paz.”

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