Por Lúcia Costa
Era uma madrugada que já lambia a claridão que anunciava uma quarta-feira. Era um chão frio de terra batida que engolia as primeiras lágrimas daquela criança, pesando três quilos e quatrocentos gramas, deixada ali junto às sacolas de lixo e aos cães e gatos que se alimentam de restos de comida. O cordão umbilical ainda úmido denunciava as poucas horas da existência daquele pequeno ser.
Um homem que dormia em um barraco próximo escutou um barulho e pensou que se tratava de gatos, disputando ossos de frango e espinhas de peixe. Bichos comendo o que restou dos bichos. O senhor tentava dormir, mas a insistência daquele som o incomodava. Saiu à rua e se deparou com uma criança estreando, aos berros, o choro da precária essência. Estava embrulhada em uma manta azul rasgada.
O senhor chamou a polícia, a ambulância, os vizinhos, os gatos, os cães. Mostrou a todos aquele desprezo físico-concreto. O bebê chorava, os gatos choravam: homem e animal órfãos.
A ambulância levou o recém-nascido ao hospital, onde recebe carinho e cuidado das enfermeiras-mães. Nenhuma a sua. Deram-lhe um nome: José de Maria. Deram-lhe o calor e o alimento subtraído por aquela que lhe deixou à sorte do Mundo.
Onde estará Maria? Será que lhe incomoda o ventre ainda frágil e os seios petrificados pelo leite negado à cópia em miniatura?
Ave Maria!
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