O que a psicologia diz sobre pessoas que balançam a cabeça ao ouvir alguém

Você já percebeu como mexe a cabeça enquanto conversa? Esse gesto, muitas vezes inconsciente, faz parte da comunicação não verbal e pode demonstrar concordância, incentivo ou hesitação, dependendo da situação.

Na psicologia, especialistas estudam como esse movimento reflete processos internos, como atenção, compreensão e emoções. Além disso, pesquisas indicam que ele influencia a forma como os outros nos percebem, tornando a interação mais clara e envolvente.

O que dizem os estudos?

Ajuda a fortalecer opiniões
Um estudo de pesquisadores americanos e espanhóis revelou que movimentar a cabeça reforça a confiança nas próprias ideias. O gesto não apenas expressa uma reação, mas também fortalece convicções, tanto em concordância com argumentos sólidos quanto na rejeição de argumentos fracos.

Aumenta a simpatia e acessibilidade
Um estudo japonês mostrou que esse gesto pode aumentar em 30% a percepção de simpatia e em 40% a de acessibilidade. Em experimentos, figuras digitais que moviam a cabeça foram vistas como mais receptivas do que aquelas que permaneciam estáticas ou faziam movimentos negativos. Isso sugere que um simples balançar de cabeça pode facilitar a conexão social.

A posição da cabeça afeta a interpretação das emoções
Outro estudo revelou que inclinar a cabeça para baixo pode fazer uma pessoa parecer mais brava, reduzindo a percepção de emoções como surpresa ou felicidade. Por outro lado, balançá-la levemente de um lado para o outro pode suavizar essa impressão.

O perigo dos movimentos bruscos

Se movimentar a cabeça naturalmente é positivo, fazer isso de forma brusca e repetitiva pode ser perigoso. O “headbanging“, comum em shows de heavy metal, raramente causa problemas graves, mas casos de hemorragia cerebral já foram registrados. Em 2014, um fã da banda Motörhead precisou de uma drenagem cerebral após um episódio do tipo, mas se recuperou bem.

Segundo o neurocirurgião Ariyan Pirayesh Islamian, o risco de hemorragia é baixo, mas a perda auditiva é uma preocupação mais comum entre os adeptos desse movimento. O neurocirurgião Júlio Barbosa Pereira também alerta que movimentos bruscos podem causar tontura, dor de cabeça, visão turva e até desmaios. Isso aumenta o risco de quedas e acidentes, podendo resultar em lesões graves.

Pequenos gestos, grande impacto

Estudos mostram que até um gesto simples como balanar a cabeça pode fazer diferença na comunicação. Seja para demonstrar apoio, reforçar uma opinião ou parecer mais simpático, esse movimento discreto pode melhorar suas interações sociais. A chave é usá-lo de forma natural e evitar excessos!

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Fonte: UOL Viva Bem.







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