O bullying é um problema persistente que pode deixar marcas profundas em crianças e adolescentes, com repercussões na vida adulta. Especialistas alertam que os impactos dessa forma de violência vão muito além do ambiente escolar, afetando a saúde mental, emocional e social das vítimas.
A psicóloga clínica Marta Bonfim, reconhecida por seu trabalho na proteção à infância e juventude, explica ao portal Mais Expressão que o bullying se caracteriza por comportamentos repetitivos de intimidação, humilhação e agressão – que podem ser físicos, verbais ou psicológicos. “As crianças muitas vezes guardam silêncio por medo ou vergonha, o que dificulta a identificação precoce e agrava os danos causados pela violência”, aponta.
Os efeitos do bullying podem se manifestar de diferentes formas ao longo da vida. Entre os principais danos estão baixa autoestima, ansiedade, depressão, dificuldade em manter relacionamentos saudáveis e até comprometimento no desempenho acadêmico ou profissional.
Marta reforça a importância de se atentar a possíveis sinais de alerta que a criança pode demonstrar. “Mudanças repentinas no comportamento, como queda no rendimento escolar, falta de interesse em atividades que antes gostava, isolamento social, choro frequente, irritabilidade ou agressividade são indícios de que algo pode estar errado”, diz.
Para enfrentar o problema, a psicóloga defende a necessidade de uma abordagem coletiva. “A comunicação aberta é essencial. As crianças precisam sentir que têm um ambiente seguro para compartilhar o que estão vivenciando. Pais, educadores e cuidadores devem trabalhar juntos para promover um espaço onde elas se sintam acolhidas e protegidas”, orienta.
Além disso, a conscientização sobre o bullying é fundamental para evitar que o problema persista. Marta sugere que o tema seja abordado em casa e nas escolas desde cedo. “Ensinar as crianças sobre respeito mútuo e empatia ajuda a prevenir conflitos e a criar um ambiente mais saudável. Essas habilidades são a base para uma sociedade mais justa e solidária”, completa.
Caso o bullying já tenha ocorrido, é essencial buscar ajuda especializada para a vítima superar os traumas. Psicólogos, pedagogos e outros profissionais podem oferecer estratégias para lidar com os sentimentos decorrentes da experiência, fortalecendo a saúde emocional da criança.
A mensagem é clara: prevenir e combater o bullying é uma responsabilidade de todos. Ao unir esforços entre famílias, escolas e comunidades, é possível proteger crianças e adolescentes, garantindo um futuro com mais segurança e bem-estar.
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