Pode ser para muito longe ou logo ali. Pode durar meses, ou um final de semana. Ser viagem cinco estrelas, executiva ou mochilão. Para conhecer um novo lugar, esquecer uma história, comemorar, descansar, trabalhar…
Sair do lugar comum, literalmente, e ir para um lugar incomum, desconhecido, desafiador. Desarrumar a rotina, tentar adivinhar o que será, colocar os pertences dentro de um armário com rodinhas, e ir viver outros ares, pelo tempo que conseguir.
As viagens nos levam a lugares, sensações e estados de consciência que jamais reparamos. Uma vez longe de casa, nos transformamos. Nos damos conta do quanto somos adaptáveis ou não, sociáveis ou não, parceiros ou não. Uma situação que nos tira da zona de conforto, e, ao mesmo tempo, nos coloca na terra das novidades.
Nos enxergamos melhor usando espelhos diferentes. Uma viagem nos apresenta paisagens, pessoas, comidas, costumes. De tudo que vemos, é impossível não fazer comparações, não perceber identificações, não se modificar ao menos um pouco.
Fazemos de totais desconhecidos, amigos. Muitas vezes para toda a vida. Elegemos lugares impensados, como preferidos. Lembramos de pessoas queridas. Desejamos que estivessem conosco. Ficamos nostálgicos.
Experimentamos sabores e costumes diferentes. Observamos o fluxo de gente. Como se cumprimentam, as expressões nos rostos, o que comem, como se divertem. E entendemos que somos todos iguais, no final.
Viajar é dar um sossega leão no fluxo da vida. Reprogramar, aliviar, repensar.
Viajar é ficar longe para sentir saudade necessária.
Viajar é se sentir bem o suficiente para ir e voltar, e saber que o mundo funcionará muito bem na nossa ausência.
Viajar é fechar a mala e abrir os braços para o mundo. E voltar melhor do que partimos.
Havendo oportunidade, boa viagem!