O ressentimento é um assunto oportuno para entender as perturbações dos dias atuais, pois ele ocasiona doenças psicossomáticas. É como diz a máxima atribuída a William Shakespeare: “O ressentimento é um veneno que tomamos esperando que o outro morra.”
Esse “veneno” produz os sentimentos de mágoas ou rancores, que levam os sujeitos a validarem os seus direitos de ressentir-se, lhes proporcionando uma sensação de alívio e reafirmando os seus antecedentes de vítimas. É uma dor emocional, que pode desencadear graves neuroses.
Nesse contexto, a convivência em ambientes que foram – profundamente marcados – por discórdias, insultos e intimidações provoca ressentimentos, que se tornam difíceis de apagar da memória emocional e corporal.
O inconsciente guarda essas experiências ruins em um “baú” psíquico e, a cada “batida”, ele é aberto e todas as mágoas anteriores são remexidas, alimentando ou ruminando sentimentos negativos em relação ao ocorrido.
Existem pessoas que superam essas “batidas” sem maiores problemas ou traumas, contudo, têm aquelas que ficam enraivecidas durante bastante tempo. E se a raiva não for cessada, transmuta-se em um intenso ressentimento, que acarreta medo, tristeza, ansiedade, depressão e dificuldades de se relacionar com os outros.
Desse modo, as emoções ligadas ao ressentimento são sempre negativas, e por isso podemos compará-las a uma ferida aberta, que não sara e que não para de doer. Hoje, a sociedade de consumo impõe as suas exigências narcísicas e quando os seus ideais de sucesso não são alcançados, muitas pessoas sentem-se ressentidas.
Essa é mais uma ferida narcísica, que atinge indivíduos que não aceitam que há diferenças entre as pessoas e grupos, e que o mundo não existe para aplaudi-los. Também é um comportamento de uma parte da sociedade, onde o ressentimento é o motor do ódio e da violência, que são propagados por fake news.
O que revela que a vida emocional e psíquica de muita gente está imersa dentro dessa engrenagem, nutrindo-a e sendo nutrida por ela, resultante do “subproduto” do moralismo sexual, político e religioso, que percorre as relações sociais e digitais.
Em meio a tudo isso, existe o perdão? Evidente, visto que perdoar significa deixar as mágoas para trás. Porém, é importante lembrar: perdoar não é esquecer e sim conseguir transformar aquilo que magoou em uma memória desprovida de sentimentos negativos.
Além disso, não é fingir que nada ocorreu. É desapegar dos eventos que deixaram desgostos, uma vez que o perdão tem impacto positivo na saúde física e mental, ajudando na redução do estresse e melhorando o sistema imunológico, cardiovascular e na redução da raiva.
Portanto, o modo eficaz de resolver um ressentimento é falar sobre ele, e ao fazer é possível ver a vida com maior clareza e separar o que é seu e o que é de outrem, porque “o ressentimento, a ninguém é mais prejudicial que ao próprio ressentido”, afirmou Friedrich Nietzsche. Por fim, os resultados são libertadores e trazem a paz de espírito e a consciência tranquila.
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