Eu sei, às vezes parece que o seu gato não liga muito pra você, que fica só te julgando e que te vê como um tolo que vive aos pés dele procurando carinho. O que acontece é que os felinos são seres muito independentes e se limpam sozinhos, não pedem por atenção toda hora e mantêm aquele temperamento blasé boa parte do tempo; portanto é fácil acreditar de vez em quando que eles não estão nem aí para o dono.
Mas quem convive com essas adoráveis criaturinhas, sabe que quando eles aparecem ronronando e se roçando em você com aqueles olhinhos pidões, você tem vontade de congelar esse momento para sempre. Afinal, qual seria a verdade sobre esses seres enigmáticos de quatro patas, eles te amam, ou apenas se aproveitam de você?
De acordo com os resultados da pesquisa, os gatos desenvolvem um apego emocional muito grande com seu cuidador, tão forte quanto o desenvolvido por um cachorro ou mesmo por uma criança.
Conforme explicitado no estudo, que foi publicado no periódico Current Biology, as pesquisas científicas costumam subestimar a importância das relações sociais na vida dos gatos. Para analisar essas relações, eles resolveram investigar o nível de “apego” que os gatos têm com seus donos.
Para buscar respostas, os pesquisadores submeteram os gatos a um teste que geralmente é aplicado em bebês e cães. O experimento foi dividido em três partes: na primeira, o gato passou dois minutos em uma sala desconhecida junto com seu cuidador; na segunda, o felino ficou dois minutos sozinho nessa mesma sala e, na terceira, o dono retornou para mais dois minutos com o animal.
Os resultados das duas primeiras fases do teste foram surpreendentes para aqueles que não acreditam na sinceridade do afeto dos felinos: a grande maioria dos gatos teve as mesmas reações, ficaram com seus donos durante os primeiros dois minutos, e demonstraram certa estranheza ou curiosidade sobre o lugar nos minutos em que estavam sozinhos. A terceira fase foi a que realmente mostrou resultados.
“Os gatos reagiram de três formas, basicamente. Vários deles “cumprimentaram” seus donos e seguiram explorando o ambiente de forma mais tranquila do que antes. Os mais inseguros deixaram de explorar o lugar e ficaram agarrados aos donos, outros evitaram o dono quando ele retornou”. A maioria (dois terços) estava no primeiro grupo, o que demonstrou menos estresse com a presença do criador.
É a mesma proporção que se encontra quando o teste é aplicado a cachorros e bebês. Ou seja: dá para dizer que, sim, os gatos são tão apegados aos seus pais humanos quanto cães e crianças pequenas.
Ou seja, é melhor pensar duas vezes antes de chamar seu gato de insensível. Ele te ama, e muito!
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Redação CONTI outra. Com informações de Super Interessante.
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