Às vezes, a vida real é a melhor inspiração para o cinema quando o tema é amor. Romances incríveis aconteceram na vida de muitas pessoas e alguns acabaram virando filmes.
Pensando nessas histórias de amor surpreendentes, elaborei uma lista com oito filmes baseados em amores da vida real.
Então, que tal conhecermos mais sobre esses filmes românticos e biográficos e as pessoas especiais que os inspiraram?
O filme: Ernest Hemingway (Chris O’Donnell) é o responsável por dirigir uma ambulância na Primeira Guerra Mundial. Durante o combate ele é gravemente ferido, sendo transferido para um hospital onde ganha cuidados da bela enfermeira Agnes (Sandra Bullock), por quem se apaixona.
Na vida real: Durante a guerra o escritor Hemingway, que trabalhava como motorista de uma ambulância, foi atingido por estilhaços de uma bomba e internado em um hospital de Milão, onde apaixonou-se pela enfermeira Agnes von Kurowsky. Hemingway tinha apenas 18 anos, e Agnes, 26. Sua experiência na guerra foi contada no livro “Adeus às Armas”, lançado em 1929. No livro de Hemingway, Agnes inspirou a criação da heroína Catherine Barkley. Após o fim da guerra, com o retorno de Hemingway para os Estados Unidos, Agnes escreveu-lhe uma carta terminando o relacionamento e pondo fim aos planos de se casarem, pois estava envolvida com um oficial italiano.
O filme: A história do cantor Johnny Cash é contada desde sua juventude em uma fazenda de algodão até o início do sucesso em Memphis, onde gravou com Elvis Presley, Johnny Lee Lewis e Carl Perkins. Sua personalidade marginal e a infância tumultuada fazem com que Johnny entre em um caminho de autodestruição, do qual apenas June Carter, o grande amor de sua vida, pode salvá-lo.
Na vida real: Johnny e June formaram um casal que encantava pela sincronia e pela intimidade dentro e fora do palco. Ele foi um dos protagonistas do Rockabilly e fez parcerias com cantores como Carl Perkins, Eric Clapton, Elvis Presley e outras lendas do Rock. Johnny se envolveu com drogas e encontrou no amor de June a força para enfrentar o vício. Foram 35 anos de casamento e parceria. June faleceu um pouco antes do início das filmagens do filme “Johnny e June” e Johnny faleceu quatro meses depois.
O filme: Elizabeth é uma escritora de sucesso que, de repente, percebe que não está vivendo a vida que sempre sonhou. Ela decide largar tudo e viajar ao redor do mundo para se conhecer. Na Itália, ela se delicia com a gastronomia, na Índia ela se dedica ao seu lado espiritual e em Bali ela encontra seu verdadeiro amor.
Na vida real: O filme é baseado em uma autobiografia escrita por Elizabeth Gilbert. O livro foi escrito em um estilo altamente íntimo, o que torna possível notar que o amor entre Elizabeth e José (no filme seu nome é Felipe) é muito parecido com aquele que foi retratado no filme “Comer, Rezar e Amar”. No filme Elisabeth e José não se casam, mas na vida real eles se casaram e divorciaram. Elizabeth continua escrevendo seus livros.
O filme: Henry Roth é um veterinário paquerador, que vive no Havaí e é famoso pelo grande número de turistas que conquista. Seu novo alvo é Lucy Whitmore, que mora no local e por quem Henry se apaixona perdidamente. Porém há um problema: Lucy sofre de falta de memória de curto prazo, o que faz com que ela rapidamente se esqueça de fatos que acabaram de acontecer. Com isso Henry é obrigado a conquistá-la, dia após dia, para ficar ao seu lado.
Na vida real: A personagem de Lucy foi inspirada na americana Michelle Philpotts, que sofre de uma forma rara de amnésia: depois de uma série de incidentes, o tempo parou para ela e por mais de vinte anos ela vive em 1994. Seu marido conta para ela, todas as manhãs, que eles são casados, mostrando fotos e notas que registram os acontecimentos mais importantes da vida dos dois. A diferença em relação ao filme se dá pelo fato de que na vida real o casal se conheceu antes do acidente. O marido de Michelle cola pequenas notas na geladeira lembrando os eventos importantes que aconteceram na vida do casal desde 1994.
O filme: Uma empresária suíça comprometida passa férias no Quênia. Um guerreiro da tribo Massai torna-se seu guia. No continente selvagem os dois vivem uma arrebatadora paixão, que transpõe a barreira da língua, da má alimentação e das doenças. Um filme inspirado na autobiografia “A Massai Branca” que conta, com delicadeza e bom humor, uma tocante história de amor.
Na vida real: A história de Corinne Hofmann, foi descrita em seu livro autobiográfico “A Massai Branca” que serviu de base para a composição do filme. Corinne encontrou seu amor queniano, Lketinga Leparmoriyoin, em 1986, durante uma viagem ao Quênia com o namorado. Ela terminou com o namorado, vendeu seu negócio na Suíça, e se casou com seu novo amor em 1988. Em seguida, ela experimentou uma série de problemas: não só com doenças perigosas, mas também relacionados às diferenças culturais do marido – Lketinga era um homem muito ciumento e duvidava da fidelidade de Corinne. Mesmo amando muito o marido, depois de alguns anos ela decidiu voltar para a Europa.
O filme: Paige e Leo iam comemorar o quarto aniversário de casamento quando acabam sofrendo um acidente de carro e Paige fica em coma. Seu retorno à consciência é marcado por uma sensação de perda: ela não reconhece seu marido e não se lembra de seu relacionamento. Então Leo decide conquistar o coração de Paige novamente.
Na vida real: Um casal chamado Krickitt e Kim Carpenter serviu como inspiração para Paige e Leo. A amnésia causada por um acidente de carro apagou as memórias dos últimos quinze anos da vida de Krickitt. Isto incluiu a época em que se conheceram e que se casaram. Kim não desistiu e ficou ao lado de sua esposa, mesmo quando ele percebeu que ela não o amava como antes. Com o tempo Krickitt se apaixonou novamente pelo marido. Mais tarde, Kim Carpenter escreveu um livro chamado “Para Sempre”, que se tornou base para a composição do filme. Atualmente Krickitt e Kim continuam casados e têm dois filhos juntos.
O filme: Jesse (Ethan Hawke), um jovem americano, e Celine (Julie Delpy), uma estudante francesa, se encontram casualmente no trem para Viena e logo começam a conversar. Ele a convence a desembarcar em Viena e gradativamente vão se envolvendo em uma paixão crescente. Mas existe uma verdade inevitável: no dia seguinte ela irá para Paris e ele voltará ao Estados Unidos. Com isso, resta aos dois apaixonados aproveitar o máximo o pouco tempo que lhes resta.
Na vida real: O filme “Antes do Amanhecer” foi filmado tendo como base o encontro real entre o diretor Richard Linklater e uma jovem chamada Amy Lehrhaupt no ano 1989. Os dois se conheceram em uma loja de brinquedos na Filadélfia, quando ele tinha vinte e nove anos e ela vinte e um, e resolveram passar uma noite juntos, assim como o casal do filme. Linklater relatou ter dito a Amy, a moça que o inspirou durante horas de conversa, que faria um filme sobre o encontro que tiveram. Com a estreia do filme ele tinha esperança de reencontrar Amy, algo que não aconteceu, infelizmente, pelo fato de meses antes do início das filmagens de “Antes do amanhecer” ela ter sofrido um acidente de moto, aos vinte e cinco anos, e falecido. Foto acima: Amy Lehrhaupt.
O filme: Anos 30. O Duque de Windsor, Eduardo VIII (James d’Arcy), é o primeiro na lista de sucessão da coroa britânica. Ele conhece e se apaixona por Wallis Simpson (Andrea Riseborough), uma americana casada. Quando Eduardo assume o trono passa a sofrer pressão para que não se case com Wallis, devido ao fato dela não ser inglesa e ter dois divórcios no currículo. Para ficar com seu grande amor, ele renuncia ao trono, que passa a ser ocupado por seu irmão Bertie (Laurence Fox). Em 1998, Wally Winthrop (Abbie Cornish) é obcecada pela história de amor entre Eduardo e Wallis. Ela trabalha na preparação de um grande leilão de objetos do casal e costuma fantasiar como seria a vida deles. Entretanto, na vida real Wally enfrenta vários problemas no casamento com William (Richard Coyle).
Na vida real: Após reinar por menos de um ano, Eduardo VIII tornou-se o primeiro monarca inglês a abdicar voluntariamente do trono. Preferiu abdicar após o governo britânico, a opinião pública e a Igreja Anglicana terem condenado sua decisão de casar-se com Wallis. “Considerei impossível carregar tão grave responsabilidade e desempenhar os deveres de rei, como gostaria, sem a ajuda e o apoio da mulher que amo”, explicou ele em uma declaração pela rádio. Em 1945, o casal retornou a Paris. Eduardo fez bem poucas visitas à Inglaterra até sua morte no ano 1972. Em 1986, morreu Wallis, e seu corpo foi enterrado ao lado do marido em Windsor.
***
Acompanhe a autora desse texto no Facebook pela sua comunidade Vanelli Doratioto – Alcova Moderna.
Se você está à procura de um filmaço que mistura romance, humor e uma pitada…
Se você estava procurando um bom motivo para não sair de casa hoje, saiba que…
O estudante é fruto de um arranjo familiar em que a mãe biológica é irmã…
Se você é fã de comédias românticas, provavelmente já ouviu falar de "Como Perder um…
É impossível resistir aos seis deliciosos episódios desta série que está disponível na Netflix.
Poucas pessoas conseguem passar pelos 14 minutos arrebatadores deste filme sem derramar uma única lágrima.