Por Michelle Max
Sabe quando se está num orfanato à espera de alguém que irá te enxergar dentre tantos semelhantes a ti.
Sabe quando o olhar substitui o falar e por isso não há o que dizer, apenas emudecer e suspirar?
Pedir com a alma que a pessoa certa veja quem realmente tu és. Afinal, mesmo frágil suporta a solidão de um pátio cheio de visitas que não são suas, suporta a companhia de pessoas que se vão e você não!
A pergunta interna e frequente passa a ser: “O que há de errado comigo?”, outras como “por que exigem tanta perfeição?” ou “Acaso sou uma mercadoria?” também fazem parte deste jogo tácito da vida.
Agrados unilaterais são respostas de que ainda não será desta vez. Mas quando será a minha vez de dar as mãos e fazer as malas?
Ah! Não sei se maior ou menor, talvez doa igual a solidão naquele adulto que é órfão do verdadeiro amor.
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