Como todos nós sabemos, estamos vivendo tempos extremos, em que pensar no coletivo não é mais apenas uma questão de escolha. É chegada a hora de deixar um pouco de lado os nossos desejos individuais e pensar no bem de todos. A pandemia de coronavírus está nos fazendo enxergar que mesmo as nossas mínimas irresponsabilidades podem prejudicar imensamente inúmeras pessoas. Diante deste cenário, se faz necessário repensar boa parte dos nossos hábitos.
Seguindo esta proposta de reestabelecer novos modelos de comportamento, o site português TimeOut publicou nesta semana, com texto de Renata Lima Lobo e Bárbara Baltarejo, uma divertida lista de “10 mandamentos da nova normalidade”, que vale ser replicada para leitores brasileiros, adequando o texto à nossa realidade. Confira:
Três pessoas já representam uma aglomeração. Vá à rua apenas em casos de extrema necessidade. Se, por descuido tocar alguém, faça a devida desinfecção com álcool gel. Faça valer os seus muitos apps de videochamadas. Neste caso nem precisa da máscara para dar o ar da graça.
Não toque em nada. Em nada mesmo, a não ser que seja absolutamente necessário como, por exemplo, na comida que precisa ser tirada da prateleira da mercearia ou do supermercado. Temos um exercício para você: quando sair de casa, ponha as mãos nos bolsos e tente andar assim por todos os lados, resistindo mesmo a coceiras no nariz que só aparecem quando estamos em público. E quando for fazer as compras, pense nesta regra: se tocar, vai ter de comprar.
Use e abuse dela. E que fique claro que isto não é um comentário depreciativo em relação à sua aparência, mas, por estes dias, o que importa mesmo é a beleza interior. À venda em qualquer supermercado hoje você encontra facilmente máscaras descartáveis para comprar. Mas, se preferir, use máscaras reutilizáveis (o ambiente agradece). O que importa mesmo é usá-las!
Usar máscara é essencial, sim, mas respeitar o espaço do outro nunca foi tão importante como agora. A recomendação é que mantenha também uma distância de dois metros entre outras pessoas. Na rua use o bom senso e afaste-se.
Elevador? Não, obrigada. Se o corpo permitir, vá de escadas. Dependendo do andar em que mora, você gastará mais ou menos calorias, mas uma coisa é certa: evita que você acolhe nas suas mãos germes vindos de puxadores, botões e paredes onde todos os vizinhos tocam. Mesmo que você tenha uma vizinhança asseada, este não é o momento ideal para confraternizar, meu querido!
Ostentar cabelos bem cortados é muito 2019! Não é o momento para ir ao salão, por mais que os seus cabelos estejam pedindo socorro. Arrisque um corte caseiro e liberte a veia criativa que há em você, longe de julgamentos sociais. Se o corte ficar ruim, ninguém vai ver mesmo! E lembre-se: cabelos crescem!
Não conhecemos um estudo sobre a tradição de cuspir no chão e não queremos saber se é uma coisa que afeta mais homens ou mulheres, se é uma moda antiga, se é um tique ou um “distúrbio de noção”. Estamos todos preocupados com possíveis gotículas a viajar por toda a atmosfera e, de vez em quando, lá vem uma bomba nojenta que nos faz arrepiar os pêlos do pescoço. Vamos mudar de hábitos? Sugerimos um lenço de papel sempre à mão e uma consulta de otorrinolaringologia.
Não há como dizer isto de forma mais simples e directa: fique em casa, o máximo de tempo que lhe for possível. E sim, todos temos saudades de “bater perna” na rua. Aproveite e leia um livro, veja um filme ou uma série, cuide das plantas.
As gerações mais velhas são o novo Rambo do coronavírus. Ou pelo menos sentem-se assim. Saem às ruas usando a máscara de forma errada, sem se importar se integram ou não o grupo de risco da Covid-19. Por isso, esteja de olho nas pessoas que lhe são mais próximas. Alguém precisa de ajuda? Mantenha o contacto à distância, nem que seja com uma pequena conversa à janela, e se puder vá às compras e à farmácia pelos pais, avós, tios ou vizinhos mais velhos.
Evite comportamentos de risco. Não pense que você será a única pensar a ter a ideia de dar uma voltinha pela rua sem ser percebido. O ser humano funciona de forma muito semelhante, e se tiver uma ideia do gênero é muito provável que a mesma tenha passado pela cabeça de outras 10.529 pessoas. Só da sua região. A praia é uma tentação maravilhosa, sem dúvida, mas teremos tempo para matar as saudades da areia. Passar a tarde com os amigos na praça também não é um bom plano para concretizar em pleno estado de calamidade. Antes de fazer um programa deste tipo, pense duas vezes e, na dúvida, não saia.
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Imagens: Pixabay, Unsplash, Pexels
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