O ciúme é uma das emoções humanas mais potentes, que já sentimos em algum momento da vida. Quando ele ocorre em forma de cuidado por alguém se tornar benéfico. Mas, pode se transformar em maléfico sempre que há um controle excessivo por pessoas e objetos.
Assim, o ciúme é sentido por gente de todas as idades. Geralmente, ele se manifesta com as “emoções à flor da pele”, através do desgosto, desconfiança, descontrole, desânimo, etc., que podem deflagrar atitudes agressivas. Vamos resumir os seis tipos de ciúmes que mais chamam a nossa atenção.
O ciúme normal é uma resistência ao medo da perda, porque ele funciona como um mecanismo de defesa, a fim de nos proteger da angústia trazida por um descaminho. Como uma mulher que sente dor por ter perdido seu amado ou em situações que tomamos iniciativas saudáveis, para melhorar a aparência ou zelar pela saúde, baseando-se no exemplo de outrem.
Esse é o ciúme mais impetuoso, em que um dos enamorados sente desconfiança do outro, que se converte em medo constante de perder o parceiro/a. Ele produz conflitos entre os casais, onde uma das partes tem insegurança de perder a pessoa amada, que acaba em reações desgastantes.
Muitos pais acham que o ciúme entre irmãos contribui para o amadurecimento dos filhos. Porém, o ciúme entre irmãos aumenta a briga pelo o afeto dos pais. Essa relação provoca traumas na fase adulta dos filhos, que vem à tona, na disputa pela herança dos genitores.
O ciúme está relacionado à inveja, quando é gerador de ganância, pelo desejo de ter algo que pertence a outrem. Esse tipo de ciúme tem o apego enorme a bens materiais, que os ciumentos negam partilhá-los com alguém, mas que pode se transformar em uma patologia quando o ciúme sucumbe à inveja.
Mesmo que o ciúme seja um sentimento íntimo entre casais, a sua presença é hipermediática, sendo tema de filmes, músicas, teatro, telenovelas e demais manifestações artísticas. Aliás, em todas as épocas, a força dramática do ciúme fez dele um assunto atraente para os escritores.
É o pior dos ciúmes, pois sua desconfiança é atroz com o outro. Tais ciumentos sofrem de ideias delirantes: temem que seus parceiros/as sejam adúlteros. É uma espécie de perturbação paranoica, de que podem ser vítimas de uma conspiração, visto que não sabem diferenciar a fantasia da realidade, tornando-se indivíduos possessivos, que buscam o desejo de vingança.
Enfim, a vida com seus “altos e baixos” nos ensina a superar os ciúmes. Contudo, existem sujeitos que não conseguem libertar-se dos ciúmes patológico e invejoso, necessitando de terapia para não adoecer a si mesmo e não adoecer ou perder as pessoas que lhe são queridas. É como constatou Roland Barthes, escritor francês: “Como ciumento sofro quatro vezes: por ser excluído, por ser agressivo, por ser doido e por ser vulgar.
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Imagem de capa meramente ilustrativa: cena do filme “Enemy” (Denis Villeneuve, 2013)
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