Há várias décadas, tem crescido o interesse pela relação entre as emoções, os pensamentos e o corpo físico. A comunidade científica já aceitou a inegável influência que esses fatores “invisíveis” têm sobre nosso corpo.
Como por exemplo, ao sofrer uma grande dor emocional, como a perda de um ente querido, alguém pode sofrer um ataque cardíaco ou um derrame, o que pode até levar à morte.
Mas, quando as emoções não são tão intensas, é um pouco mais difícil notar a relação entre elas e o estado da nossa saúde. Além disso, os pensamentos que alimentamos também podem influenciar nosso bem-estar, para bem e para mal.
A relação entre as emoções e o nosso corpo é bem conhecida pela sabedoria popular. Algo que percebemos graças à experiência e ao instinto. Por exemplo, é comum sentirmos dor de barriga antes de uma prova, entrevista de emprego ou outra situação em que seremos avaliados.
A dor de estômago também pode ser sintoma de estresse, como quando temos dificuldades no trabalho, nos relacionamentos ou problemas financeiros.
Dificuldades para dormir, perda do apetite e tremores também são sintomas de uma mente estressada.
A ansiedade pode levar algumas pessoas a procurar conforto na comida, sobretudo em alimentos ricos em açúcar e carboidratos, como chocolate, bolos, biscoitos, coxinhas, pizzas etc. Isso pode levar ao aumento de peso e a todos os problemas associados a ele.
A vergonha faz nosso rosto ficar vermelho e o medo faz com que o nosso rosto fique pálido. Quando a emoção é muito forte, o coração bate mais rápido, aumentando a pressão arterial.
Enfim, há muitas “provas” de que as emoções têm influência direta sobre o nosso corpo, o que pode causar doenças. Mas será que podemos ter algum domínio sobre o que sentimos e pensamos?
A autora Louise Hay é uma das mais respeitadas quando se trata de afirmações para a saúde, prosperidade, bem-estar e cura. Nos seus livros “Você pode curar sua vida”, “Cure seu corpo” e “O poder das afirmações positivas”, ela compartilha muitas informações valiosas sobre como você pode assumir a responsabilidade pelas suas emoções e pensamentos, curando, assim, não apenas o corpo, mas também todas as áreas da sua vida.
Louise acredita que o amor próprio é a chave da saúde e da felicidade verdadeiras. Um exercício simples que qualquer pessoa pode fazer e que a autora recomenda em seus livros, é este:
“Cerca de três vezes por dia, durante pelo menos um mês, diga, na frente do espelho, olhando para seus olhos: “Eu amo você. Tenho orgulho de você”. Essas afirmações simples, mas poderosas, devem ser ditas com sinceridade, sem nenhum criticismo. É normal sentir alguma resistência no início, mas persista até que se torne um hábito natural se elogiar.”
Constantemente, temos um “diálogo interno” com nós mesmos, sem que nos demos conta.
São as histórias que repetimos por dias, meses, anos, décadas e por toda a vida, sobre quem somos, o que podemos ou não fazer, o que outras pessoas nos fizeram, etc.
Quando esse diálogo é muito negativo, ele traz consequências danosas para a saúde física e mental. Exemplos de diálogos internos negativos:
– “Sou muito burra”.
– “Sou muito gorda”.
– “Não consigo emagrecer”.
– “As pessoas vivem me passando para trás”.
– “Ninguém gosta de mim”.
– “Não sou (bonita/inteligente/rica/boa…) o bastante”.
E por aí vai.
Uma boa maneira de combater esses pensamentos negativos é fazendo terapia. Anotá-los em um diário e questioná-los também é bastante eficaz, pois você se tornará consciente de seu próprio diálogo interno.
Outro efeito nocivo desses “diálogos internos” inconscientes é que eles vão atrair pessoas que pensam como você a seu respeito. Assim, se você acreditar que é “burra”, por exemplo, atrairá pessoas em sua vida que vão confirmar esse pensamento.
Não podemos “controlar” nossos pensamentos e emoções, mas podemos adotar práticas saudáveis que nos ajudarão a lidar melhor com eles.
Uma dessas práticas é a meditação. Meditar pode ser a melhor coisa a fazer assim que você acorda, pela manhã. Dedique cerca de 15 minutos por dia a uma prática meditativa, sozinho ou em grupo.
Outra prática muito benéfica é a de atividades físicas. Corrida, hidroginástica, caminhadas na natureza, aeróbica, pilates, ioga e os vários tipos de esportes podem fazer maravilhas para o corpo, aumentando o nível de endorfina e a sensação de bem-estar, ajudando a equilibrar as emoções.
Cantar, dançar, pintar e realizar alguma atividade criativa e artística são bálsamos para as emoções. Você pode se dedicar a algum tipo de atividade assim, como a escrita, a pintura em tecidos, o bordado e a dança, apenas para citar algumas. É também uma excelente oportunidade de conhecer novas pessoas.
Exercícios de relaxamento profundo podem ser muito curativos. Você pode comprar CDs ou baixar meditações pela internet, como a ioga nidra, uma técnica de relaxamento simples, mas muito eficaz.
Cuidar bem da sua saúde mental e emocional terá um impacto positivo na saúde do seu corpo. Além disso, você estará cultivando uma postura mais positiva diante da vida, o que atrai felicidade.
Fonte indicada: Melhor com Saúde
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