As pulgas sonham em comprar um cão, e os ninguéns com deixar a pobreza, que em algum dia mágico de sorte chova a boa sorte a cântaros; mas a boa sorte não chova ontem, nem hoje, nem amanhã, nem nunca, nem uma chuvinha cai do céu da boa sorte, por mais que os ninguéns a chamem e mesmo que a mão esquerda coce, ou se levantem com o pé direito, ou comecem o ano mudando de vassoura.
Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.
Os ninguéns: os nenhuns, correndo soltos, morrendo a vida, fodidos e mal pagos:
Que não são embora sejam.
Que não falam idiomas, falam dialetos.
Que não praticam religiões, praticam superstições.
Que não fazem arte, fazem artesanato.
Que não são seres humanos, são recursos humanos.
Que não tem cultura, têm folclore.
Que não têm cara, têm braços.
Que não têm nome, têm número.
Que não aparecem na história universal, aparecem nas páginas policiais da imprensa local.
Os ninguéns, que custam menos do que a bala que os mata.”
Eduardo Galeano
Fonte indicada: Textos para mudar o Brasil
A influenciadora deixou claro que não tolerará mensagens de ódio contra sua filha e pretende…
Este filme só para maiores disponível na netflix oferece a dose de diversão que você…
Jacqueline Moreira, que foi presa na últuma quinta-feira (16), tem 28 anos e é moradora…
Um helicóptero com quatro ocupantes caiu no Morro do Tico Tico, em Caieiras, no interior…
Cameron Diaz e Jamie Foxx esbanjam química nesta superprodução da Netflix que acaba de "sair…
O uso do aparelho é proibido no Brasil e em diversos outros países e envolve…