A Netflix adiciou ao seu catálogo em janeiro o premiado longa-metragem colombiano “Os Reis do Mundo”. A produção originalmente fez sua estreia mundial no Festival de Cinema de San Sebastián, no qual conquistou a Concha Dourada de melhor filme. Agora, a obra tem a chance de ouro de espalhar sua mensagem para uma parcela grande da audiência que foge ao radar dos festivais.
Com cara de cinema independente e abordando uma temática pouco atraente em tempos extremos, em que naturalmente se busca o escapismo, o longa não causa o mesmo alvoroço que outras produções mais comerciais, criadas com pouco apuro e atenção demasiada aos clichês cinematográficos. No entanto, Los Reyes del Mundo é um filme de rara beleza que tem tomado de assalto o coração dos amantes da sétima arte que ousam fugir do óvio.
Ao filme dirigido por Laura Mora não interessam os “vencedores”, mas sim os “sobreviventes”. A narrativa foca naqueles que costumam ser esquecidos, invisibilizados, tratados como paisagem urbana, estatística, ou como o mais límpido reflexo de uma sociedade desigual.
Os protagonistas são meninos sem lar que perumbulam sem rumo pelas ruas de Medellín, fazendo do vandalismo e da violência uma válvula de escape para a revolta e para a desesperança. Habituados a serem vistos como ameaça ou como um lembrete indesejável do quanto falhamos como sociedade, se moldaram à hostilidade. Mas ainda são crianças, com as mesmas necessidades que quaisquer outras, e quando o filme nos faz lembrar disso, a beleza e a poesia se impõem sobre o retrato cru e por vezes brutal.
Em um dos momentos mais comoventes do longa colombiano, os meninos acham pouso no abraço maternal de mulheres que trabalham em um bordel, em um encontro certeiro de carências e de perdas.
‘Los Reyes del Mundo’ é de uma beleza sem igual, mas é preciso “ter olhos” pra ver.
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Felipe Souza para a Conti Outra.
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Um filme charmoso e devertido para te fazer relaxar no sofá e esquecer dos problemas.
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