Não importa se seu filho ou filha estuda em uma escola pública ou particular, no seu bairro ou na Suíça, a instituição cuida do ensino geral e de base, mas quem educa para a vida são vocês.
Pai, Mãe, por favor, por nós, pela sociedade, pelo futuro das suas crianças, pela prosperidade do mundo, eduquem seus filhos. Educar não no sentido de fazê-los decorar que o Canadá fica acima dos Estados Unidos, ou sobre a definição de osmose. Ele vai aprender sobre geografia na escola ou, mesmo que não queira, quando seu amigo for terminar o colegial em outro país. Vai aprender sobre biologia para as bimestrais ou quando precisar doar sangue. Vai aprender sobre física e velocidade no dia que estiver preso na 23 de maio e participar do primeiro engavetamento (de muitos) da sua vida. Deixa tudo isso pra lá.
Sua função é mais importante e fundamental para que ele possa aprender com a vida, quando ele resolver que vai sair por aquela porta e você não puder impedí-lo de voar. Prepare-o para o que o espera depois da segurança do seu colo e do seu jardim. Alguns valores escola nenhuma ensina, e cabe a você essas lições cruciais para a criação de um ser realmente humano e do bem.
Gentileza é quando alguém te sorri e você sorri de volta, ou quando você abre a porta do carro para um familiar, uma namorada ou um amigo querido. A gentileza está nos detalhes mais simples, como deixar uma flor no travesseiro antes da pessoa amada chegar em casa, ou mandar uma mensagem de aniversário pr’aquele primo que se mudou para o Japão. O pouco muda tudo.
Respeito é entender que a realidade do próximo não faz nenhum sentido pra você, mas ainda assim você o compreende. É chegar na casa do vizinho e não ir abrindo a geladeira pra pegar a Cola-Cola. É não se atrasar pra escola, pro trabalho, pro cinema. É não ir sem ser convidado. É não se convidar quando não é bem vindo. É não invadir bolhas nem atrapalhar àqueles que estão em paz. É não trair a confiança em qualquer tipo de situação ou relacionamento. Leva-se uma vida para ganhar a confiança de alguém e apenas um segundo para perdê-la para sempre.
O mais importante dos valores: a empatia. Ensine seu filho a se colocar no lugar do próximo. A frase mais verdadeira sobre isso rola na internet desde sempre: “Na dúvida do que é certo ou errado, pense no que não gostaria que fizessem com você”. Ensine sobre a dor do outro e sobre como isso também pode machucá-lo.
Falando nisso, ensine seu filho a ter o próprio julgamento diante das situações. Um empático sabe quando o chefe está fazendo assédio moral com seu colega e sabe quando ele deve se calar diante de uma situação de conflito porque simplesmente não é o momento. O certo de hoje pode ser o errado de amanhã, e está tudo bem se ele mudar de idéia ou de opinião.
Limite é saber até onde você pode ir sem causar uma bagunça ao invadir o espaço do outro. Isso vale para atitudes e palavras. Você não tem o direito de dizer o que quer e esperar que o locutor te escute, principalmente se você o ferir. Quando alguém te dá as costas, provavelmente você já cruzou limites e limites que nem sequer sabe. Ensine seu filho a perceber quando ele ultrapassar as tênues linhas do bom senso.
Noção é o mais simples e o mais complicado dos ensinamentos, porque ela depende da percepção de cada um. Porém, há um be-a-bá básico que só os pais podem ensinar: não deixar roupas jogadas principalmente na casa dos outros, lavar a louça quando comer, deixar a cozinha limpa quando usar a mesa, colocar gasolina quando usar o carro, não falar alto quando os outros estiverem dormindo, não iludir alguém se não for capaz de amá-lo (a).
Amor é acordar de manhã e preparar o café da manhã pro seu irmão. É dar carona para o colega do trabalho que mora no outro bairro. É inteirar a conta da senhora que só tem dinheiro pra pagar ou o arroz ou o feijão na fila do mercado. É oferecer um café pro pai quando ele está calculando como pagar os boletos. É dar a mão e caminhar lado a lado em silêncio. É dividir a única fatia de bolo em quatro e dar um pedacinho pra cada um, inclusive pro cachorrinho. Amor é olhar o outro com defeitos e, ainda assim, escolher ficar.
Ninguém melhor do que a família para ensinar sobre todos os tipos de amor. Se vocês não são uma representação de amor, mesmo que individualmente, por favor não façam seus filhos desacreditarem do sentimento mais belo que existe: amar o próximo.
Ensine seu filho sobre o valor da paz de espírito e sobre o livre-arbítrio na hora de ir embora. Mostre a ele que ele não precisa aguentar o primo que faz bullying no natal – e nem revidar -, ele pode simplesmente dar as costas. Ele não precisa ser amigo de um coleguinha que sempre ri da cara dele na escola. Ele não precisa ficar naquele trabalho onde ninguém paga hora extra e as reuniões com o chefe tem mais palavrão pros funcionários que arquibancada de final de Brasileirão. Sempre que ele se sentir ameaçado ou desrespeitado, ele pode simplesmente se retirar. Sem agressão, sem violência, sem vingança. Tudo se fecha na Lei do Retorno – comente com ele a respeito.
Não importa sua religião, sua crença ou suas decepções diante da fé. Ensine seu filho a acreditar. Ele tem que acreditar nele mesmo, que ele pode tudo que quiser, que a garra move montanhas, que tem uma força maior em algum lugar (e dentro dele) que criou tudo e que abençoa tudo. Fale da gratidão, da importância de agradecer a vida, a saúde, a rotina, a escola, a comida na mesa, a chance de aproveitar as férias na praia. Ensine-o a fechar os olhos antes de dormir e agradecer por mais 24 horas incríveis, com ou sem Pai Nosso no final.
Ah, a honestidade! Ficou por último essa menina que o brasileiro diz que conhece, mas banca o esperto pra cima dela (e de si mesmo). Honestidade é quando você vê que alguém derrubou a carteira quando mexeu no bolso e imediatamente devolver sem olhar o que tem dentro; é deixar o “eu amo você” sair da boca apenas quando ele realmente vier do coração. Enganar aos outros é enganar a si mesmo.
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