Nesta sexta-feira (6), o papa Francisco celebrou a tradicional missa da Epifania do Senhor e alertou os fiéis sobre “falsos ídolos” que “nos seduzem com notícias falsas”.
Na cerimômia, realizada um dia após o funeral do papa emérito Bento XV, o Pontífice pediu para que todos sejam como os magos para adorar “a Deus e não o nosso eu” ou os falsos ídolos.
“Convido-os a fazer como os Magos, prostremo-nos, entreguemo-nos a Deus na maravilha da adoração. Adoremos a Deus e não ao nosso eu; adoremos a Deus e não aos falsos ídolos que nos seduzem com o fascínio do prestígio e do poder, com o fascínio das notícias falsas”, disse o pontíficie durante a homilia.
O Papa disse que o ser humano tem “perguntas irreprimíveis” sobre a felicidade, o amor, convidando todos a “habitar os espaços incômodos da vida” e a rejeitar o que denominou como “tranquilizantes da alma”.
De acordo com o papa, é preciso adorar “a Deus para não nos curvarmos diante das coisas passageiras e da lógica sedutora, mas vazia, do mal”.
O pontíficie também citou as palavras ditas por Joseph Ratzinger em sua homilia de 6 de janeiro de 2013, último Epifania que ele celebrou como Santo Padre: “a sua peregrinação exterior é expressão do seu caminho interior, da peregrinação interior do seu coração”.
Segundo Francisco, é preciso assumir o “risco do caminho”, porque é “um dos lugares onde podemos encontrar o Senhor”. “As perguntas, mesmo espirituais, podem de fato levar à frustração e à desolação se não nos colocam no caminho, se não nos orientam nosso movimento interior rumo ao rosto de Deus e à beleza de sua Palavra”, acrescentou.
Por fim, o líder da Igreja Católica enfatizou que “a fé é um caminho, a fé é uma peregrinação, a fé é uma história de partidas e recomeços”.
“Lembremo-nos disto: a fé não cresce se permanece estática; não podemos trancá-la em alguma devoção pessoal ou confiná-la dentro das paredes das igrejas, mas deve ser trazida à tona, vivida em constante caminho rumo a Deus e aos irmãos”, concluiu.
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Redação Conti Outra, com informações do UOL.
Foto de capa: GUGLIELMO MANGIAPANE/REUTERS.
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