Na noite de ontem, 10 de abril de 2010, iluminado por tochas, o Papo Francisco celebrou a Via Crucis na Praça de São Pedro, em Roma. Centenas de milhões de pessoas acompanharam esse momento de suas casas. A cerimônia da Via Cucis relembra os passos de Jesus a caminho da crucificação.
A Sexta-feira da Paixão, então, é claramente uma data de extremo valor para os 1.3 bilhão de católicos do mundo, ainda mais quando, mediante uma doença inesperada, sentem seus futuros de maneira mais incerta.
As imagens capturadas de um Papa numa praça vazia tem se tornado algo não tão raro, mas ontem, em um dia mais do que especial, estavam com ele cinco detentos de uma prisão de Pádua, cinco médicos e enfermeiros do Vaticano além de um policial e o capelão do presídio.
Como podem ver abaixo, há imagens que falam mais do que palavras, mas o Papa Francisco ainda vai além valorizando os soldados, que hoje são os profissionais da saúde, e dando representatividade aos detentos, pessoas que estão pagando por seus erros, mas que merecem uma segunda chance. Afinal, amor é humildade e reconhecimento, mas também é perdão.
“Os médicos, enfermeiros, enfermeiras, irmãs, padres” que morreram combatendo a pandemia de coronavírus “morreram no front como soldados que deram suas vidas por amor”, disse o papa Francisco à televisão Rai1, antes da cerimônia.
Esse ano as coisas estão sendo diferentes e o Papa Francisco mostra-nos que precisamos nos adaptar a essa nova realidade. Ele dá o exemplo.
No Brasil já vimos padres fazendo missas com fotos de profissionais da saúde. Também há sacerdotes realizando lives. Em Acapulco, padres têm dado bênçãos de helicópteros ou tomam a confissão dos fiéis de seus carros. São muitos exemplos de criatividade, mas que contém um objetivo comum: dar alento e fé aos que precisam.
“Sinto-me próximo do povo de Deus, especialmente daqueles que mais sofrem, das vítimas da pandemia, da dor do mundo”, acrescentou o papa argentino. Mas ele também disse contemplar “a esperança, que não tira a dor, mas não decepciona”.
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