Meu pai gostava, assim como inúmeras pessoas gostam, de ter pássaros em casa. Através de suas gaiolas ele admirava a beleza e o canto.
Eram bem tratados, tinham água e comida.
Mas, não tinham algo indispensável: a liberdade!
Como meu pai tinha pássaros em casa, em especial canários belgas, cresci acostumada a ouvir o trinar e o lindo canto deles e nunca havia parado para pensar na liberdade que eles deveriam ter.
Um dia, meu irmão escreveu um texto para um jornal local comentando sobre esse assunto, e comparou a prisão de pássaros à prisão de seres humanos.
Bem, a prisão de pessoas se torna necessária dado às suas atitudes delinquentes. Mas, não é da natureza humana, ficar aprisionado, como não o é também a natureza das criaturas aladas.
Diziam que os canários belgas não sobrevivem se fossem libertos, mas, e se nunca tivessem ficado presos numa gaiola? Pensei!
Fomos feitos dotados da necessidade de liberdade, assim como os pássaros necessitam alçar voos , cantar livres e se acasalarem.
Por mais que, às vezes, desejemos ter em casa um pássaro de estimação, é bom pensarmos com sensatez que eles nasceram com a genética da liberdade de voar livres, de cantarem soltos…
Vamos apreciar os pássaros nas árvores, em praças, jardins, nas matas…
Que fiquem livres para o voo ao vento, assim como queremos ser livres na terra.