Existe um provérbio chinês que afirma que “a persistência realiza o impossível”. Muitas coisas há de realizar mesmo, mas, certamente o impossível de um é o banal do outro e, quando um não quer…
Uma grande conquista não representa nada a não ser para o conquistador. Muitas vezes é a desgraça do conquistado. É tudo pessoal e individual. Todo o peso fica por conta da persistência e resistência das partes interessadas.
Mas, ao invés de persistir, estamos falando de desistir, no sentido mais positivo possível, se é que alguém consegue ver algo de positivo nessas palavras que começam com “des”: despedir, despedaçar, desgastar, desamar, desesperar, desligar… desistir. Mas o fato é que cada uma delas nos liberta de um cenário para buscarmos outro.
Costumamos confundir teimosia com determinação, orgulho com amor próprio, arrogância com autoestima. E quando essa confusão acontece, algo nos impede de desistir e partir para outra direção. Podemos chamar de qualquer coisa, seja ela confortadora ou cruel, mas não podemos chamar de persistência.
Persistir é um ato de bravura, uma demonstração de força, de meta.
Uma qualidade inspiradora! E quem realmente persiste, sabe que tem reais chances de chegar onde aspira, muito embora nada lhe garanta o triunfo. Quem só teima, na verdade cobra da vida um êxito sonhado mas não merecido ou realizável. Para um teimoso, a vida está sempre lhe devendo algo!
E nós, somos teimosos ou persistentes? Valentes ou covardes? Sabemos o que realmente somos?
E resolvermos desistir de algo? Temos esse direito?
Pensar em desistir, em abrir mão de – e aí a lista é grande – sonhos, metas, pessoas, conquistas, compras, viagens, relacionamentos, é doloroso, até nevrálgico. Mas o que não funciona toma o espaço do que poderia funcionar.
Desistir do erro ganha de persistir no erro; Desistir de um mal trabalho, desistir daquela viagem, daquela paquera, da briga com o vizinho… Creio que esse pode ser o significado daquela frase famosa: “Nada melhor do que perder o bom e achar o ótimo”.
Precisamos dar sinais verdadeiros para a vida, precisamos enfim, persistir sempre no que for genuíno, real, recíproco, positivo, com muita coragem para deixar para trás os fracassos de todas as ordens, as ambições descabidas, os sapatos que nunca iremos usar, as promessas que jamais vamos cumprir, as saudades que não temos intenção de matar.
Saibamos decidir e desistir honradamente, abrindo espaço para outros desejos e conquistas, que, secretamente nos espreitam.
Saibamos nos desfazer dos resíduos, picotando fotos, agendas, cartões de visita, planos frustrados, mensagens não enviadas, trabalhos descartados, horas e esforços aguardando o que não virá! Algo certamente virá ocupar o espaço que ficou.
É quando desistir nos mostra o quanto somos vencedores!
Nota da CONTIoutra: A imagem de capa foi uma homenagem ao filme “A vida de Pi”, uma história de persistência e fé na vida.
Você não vai querer sair da frente da TV após dar o play nesta nova…
Será que você consegue identificar o número 257 em uma sequência aparentemente interminável de dígitos…
Se você é fã de comédias românticas que fogem do óbvio, “O Casamento do Meu…
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
Um filme charmoso e devertido para te fazer relaxar no sofá e esquecer dos problemas.
O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor do livro que inspirou o filme Ainda Estou Aqui,…