A pesquisa foi publicada e oficializada em dezembro de 2019 e confirma que as pessoas que visitam museus, galerias de arte, teatros e concertos costumam viver mais. O trabalho foi conduzido por cientistas da University College London.
O estudo teve como base informações dadas por mais de 6 mil adultos ingleses, todos com 50 anos ou mais. A frequência da prática de atividades artísticas entre os participantes foi medida entre os anos de 2004 e 2005. Posteriormente, cada um deles foi acompanhado por uma média de 12 anos, durante os quais sua mortalidade foi registrada pelos pesquisadores.
Por meio da análise dos dados colhidos, os cientistas concluíram que os indivíduos que participavam de programas relacionados à arte uma ou duas vezes por ano apresentavam 14% menos chances de morrer durante o período de acompanhamento, do que aqueles que nunca o faziam. Em comparação com pessoas que praticam atividades artísticas mais do que três vezes por ano (uma vez a cada dois ou três meses, por exemplo) tiveram um índice de mortalidade 31% menor.
Segundo o artigo, uma hipótese é de que os resultados encontrados se devam principalmente pelos diferentes níveis de cognição, saúde mental e exercício físico praticado por aqueles que não se envolvem com a arte. Ainda assim, as mesmas conclusões foram encontradas quando se tirou da conta fatores como problemas de mobilidade e riqueza.
O estudo é do tipo observacional, ou seja, não procura estabelecer causas para os resultados encontrados. Por isso, os cientistas admitem, na pesquisa, as limitações do levantamento. Ainda assim, dado o grande tamanho da amostra usada na pesquisa, trata-se de um trabalho muito importante, afirmam.
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