Cada pessoa possui uma maneira particular de pensar e ver o mundo. Uma mesma leitura pode promover pensamentos completamente diferentes de acordo com a história de vida de alguém. As vivencias pelas quais uma pessoa passou definem as cores das lentes com que ela enxerga e como entende o mundo. O que motiva a um pode agredir a outro. Uma informação que pode trazer lembranças agradáveis a alguém, pode causar lágrimas a outra pessoa.
Tanto no universo literário quanto nas matérias da internet tem sido cada vez mais frequente encontrar listas com dicas, orientações, reflexões e tudo mais que possa ser imaginado.
Os tópicos imediatamente chamam a nossa atenção pois apresentam um resumo de rápida e fácil compreensão.
Embora as listas tenham ficado conhecidas como características de material de autoajuda, no sentido pejorativo do termo, creio que vale a pena refletir para além disso e mostrar suas reais potencialidades uma vez que existe sim material de autoajuda de qualidade e que pode causar modificações reais na vida de uma pessoa.
E, é claro, eu não poderia falar das qualidades de uma lista, sem fazer mais uma 😉
– Além de instigar a curiosidade, as listas tornam o pensamento concreto e organizado.
– Todo e qualquer tópico apresentado em uma lista, longe de ser uma receita mágica para a felicidade, é na verdade um conjunto de afirmativas e possibilidades que visam a promoção da reflexão. Em uma lista com 10 itens, por exemplo, uma pessoa pode encontrar uma ideia sobre um assunto específico que faça toda a diferença em sua maneira de pensar.
– A apresentação da multiplicidade de raciocínios também amplia as perspectivas do leitor que, em um espaço mais curto de tempo, pode ter contato com argumentos que levaria muito mais tempo para concluir sozinho ou encontrar em outros livros.
– A leitura, ou mesma a criação de listas, incentiva a criatividade e promove a exploração de pontos de vista diversificados pois, de um tema base, surgem diversas ramificações onde vários “quem”, “quando”, “como” e “porquês” são respondidos.
– As listas são utilizadas como tópicos de resumo e cada item pode apresentar argumentos objetivos que a pessoa pode querer aprofundar mais através de outros materiais.
– E, acho importante ressaltar isso também, muitas pessoas não tem o hábito ou mesmo o tempo que gostariam para a leitura e, para elas, encontrar tópicos pode fornecer a objetividade que buscam.
Afinal, dentre essas e outras coisas que eu certamente não me lembrei para listar acima, estar aberto a lidar com tópicos pode fazer toda a diferença. Pense, por exemplo, em um plano de carreira. Uma das primeiras que um coach pedirá é que a pessoa faça listas do que almeja a curto, médio e longo prazo. Psicólogos também usam muito a abordagem com listas em dinâmicas (pedir para pessoa fazer listas de qualidades e coisas que a pessoa precisa melhorar, por exemplo). Publicitários usam listas para registrar a multiplicidade de ideias que tem ao longo do dia e que poderão ser usadas em algum trabalho e mesmo escritores tem por hábito listar os argumentos que querem desenvolver em um artigo.
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