É incrível a nossa capacidade de banalizar questões essencialmente importantes. O uso da palavra “empoderamento”, é um exemplo claro disso. O termo ganhou popularidade por meio dos movimentos de emancipação e garantia de direitos a grupos que, por alguma razão sofram algum tipo de discriminação, seja social, política, educativa, de gênero ou religiosa. E, nunca será demais ou suficiente alertar a sociedade para o perigo de qualquer tipo de discriminação.
No entanto, o desgaste imposto às questões de caráter feminista, por exemplo, podem gerar efeitos exatamente contrários às intenções originais e legítimas de garantir às mulheres lugares de atuação, manifestação e trânsito em todo e qualquer espaço da sociedade. O termo traduzido do inglês empowerment não é novidade; na realidade, remonta do século XVI, e tem origem nas ideias contidas na Reforma Protestante, cujo cerne era a luta por justiça social. A ideia de “empoderamento” ganhou nova forma de representação quando passou a ser utilizado para manifestar o repúdio à opressão e o apoio à conquista da autoridade, sobre a maneira de cada um interagir socialmente e determinar a história atual e futura de suas vidas.
Ideais de equidade e liberdade são a base dos movimentos feministas, tão presentes e atuantes num momento em que se faz absolutamente indispensável depositar nas mãos femininas o poder social. Poder esse que lhes garantirá a força política necessária para que seus corpos, direitos, desejos, ideias e destinos sejam respeitados.
O ânimo dos ideais feministas alimenta-se da consciência do quanto ainda são frágeis as nossas garantias de segurança, independência e liberdade. Passamos por situações de violência que nos atingem desde a hora do parto, quer sejamos nós a mulher que dá à luz ou a menina que é trazida a ela. Enfrentamos todos os dias circunstâncias que nos colocam em desvantagem; ainda temos salários inferiores aos homens; ainda há quem nos considere seres que precisam encarnar uma espécie de heroínas domésticas que nunca se cansam e, em hipótese alguma se queixam das inúmeras tarefas acumuladas, dentro e fora de casa.
O uso do pejorativo termo “feminazi”, por exemplo, revela o quanto ainda se faz necessário discutir e trazer à público os inúmeros contextos políticos e sociais que ilustram as incontáveis formas de discriminação contra as mulheres. A intenção por trás do termo encerra, em si mesma, a determinação em calar o debate, em rotular as mulheres que ousam ultrapassar os limites impostos a elas, em desacreditar o quanto seja possível a nossa voz e o que temos a dizer.
A falta de conhecimento histórico, e ainda pior, a falta de interesse em reconhecer que feminismo e nazismo são, em sua essência, termos antagônicos revela o quão alienados são aqueles que usam o termo “feminazi” com a disfarçada intenção de fazer crítica, a posicionamentos feministas supostamente radicais. No fundo, e no raso, quem faz uso desse tipo de expressão reducionista e preconceituosa, não passa de um pobre ignorante que acredita que ainda é possível silenciar a nossa voz.
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