Precisamos olhar mais para o céu!

Sim, talvez uma das causas deste caos interno e externo que o ser humano vive hoje seja o fato de ter perdido, aos poucos e cada vez mais, o costume de olhar para o céu.

Não olhando para o céu, ele se esquece da sua origem divina. Não olhando para o céu, ele se desconecta do sagrado que há em si. Não olhando para o céu, olvida da grandeza da qual faz parte.

O céu, durante o dia, é algo tão infinito e tão maravilhoso de se contemplar, especialmente se tiver os raios solares luminosos e trazendo energia a toda a existência.

Contemplar demoradamente o céu num pôr do sol de um dia ensolarado é uma das coisas mais apaziguantes que pode existir.

Agora, deslumbrante mesmo, profundo, sereno e encantador é apreciar um céu estrelado numa noite de luar… Há poucas coisas que podem dar ao homem uma noção tão clara do milagre da existência quanto essa visão.

Olhar para o céu é voltar a sentir a liberdade que lhe é inerente, é se reconectar com os sonhos, é sentir que a magia é possível e é real.

O problema é que o ser humano anda muito atarefado, correndo atrás do tempo, sem poder se dar ao luxo de parar um momento e, simplesmente, olhar para o céu.

Além disso, a maioria vive em cidades de concreto, em moradias empilhadas, amontoadas e amplificadas, que bloqueiam a sua visão além. Acostumam-se, então, a ficar trancafiados no tempo que lhes sobra da correria, muitas vezes sufocando emocionalmente, sofrendo sem saber direito o porquê.

Parar e olhar para o céu significa dar um fôlego para a vida. Tal como os golfinhos que vivem submersos na água e vêm à superfície, vez ou outra, para tomar um ar. É necessário. É vital.

Olhar para o céu é dar um tempo na loucura e se reconectar. Faz o homem lembrar que não é daqui, que está de passagem e que o seu lar verdadeiro é algo muito maior, mais lindo, mais livre, mais sereno e mais amoroso…

Imagem de capa: khlongwangchao/shutterstock







“Servidora Pública da área jurídica, porém estudante das questões da alma. Inquieta e sonhadora por natureza, acha a zona de conforto nada confortável. Ao perder-se nas palavras, busca encontrar um sentido para sua existência...”