A cantora Priscilla Alcantara, que fará sua primeira apresentação solo no Rock in Rio no próximo dia 11, subiu ao palco do festival durante o show de Emicida no último domingo. Os dois dividiram os vocais das músicas “Hoje Cedo”, “Você Aprendeu a Amar?” e “Principia”.
Enquanto o show do rapper foi bastante elogiado, a presença de Priscilla no palco foi alvo de muitas críticas nas redes sociais. Internautas apontam que a aproximação da cantora com pautas e artistas ligados aos movimentos negro e LGBTQIA+ é algo forçado, destinado apenas a promover a sua carreira. Evangélica, Priscilla Alcantara recentemente fez a transição de cantora gospel para artista pop.
Em entrevista para o Splash, Priscilla revelou os motivos pelos quais escolhe não rebater as críticas que enfrenta desde sua transição de carreira.
“Falam que eu tenho que rebater quem me bota ali dentro daquele estereótipo evangélico, mas sabe por que eu não rebato? Se você perguntar por que as pessoas têm ranço ou resistência com o crente, você vai ver que em algum momento o fanatismo religioso feriu essas pessoas. Como é que vou rebater isso?”, diz.
Priscilla acredita que terá que carregar esse estereótipo e reafirmar às pessoas quem ela é e o que pensa.
“As pessoas precisam de tempo para assimilar e se curar, sabe? Eu quero ajudar nesse processo de cura e, sempre que possível, pedir perdão em meu nome e em nome de qualquer outro evangélico que feriu pessoas pela orientação sexual ou que usou do nome de Deus para ferir alguém. Esse nunca foi o propósito de Deus na terra, sabe? O propósito de Deus para o evangélico é que ele propague a boa notícia”, defendeu a ex-apresentadora do Bom Dia & Companhia.
“A boa notícia não é que você vai para o inferno por ser quem você é. A boa notícia é que você é amado, aceito e desejado por Deus. Então, eu vou reafirmar sempre isso e ter a paciência para um dia eu ser livre também desse estereótipo, porque eu me libertei muito, graças a Deus, de muitos pensamentos e comportamentos do lugar onde cresci porque me abri para ter uma evolução da minha consciência de fé e entender que a minha fé precisa ser palpável e um ato de serviço pro meu próximo.”, continuou.
“Tudo aquilo que em nome de Deus te destrói, não é de Deus. Então também não tem que ser. Não tem que vir de mim. Não tem que fluir de mim. Talvez carregue certo estereótipo, mas eu vou lutar para poder reafirmar aquela frase, ‘Jesus não é o fã clube dele’, sabe?”, completou a cantora.
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Redação Conti Outra, com informações de UOL/Splash.
Fotos: Reprodução/Instagram.
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