Casos de violência contra professores têm sido cada vez mais frequentes no Brasil. De acordo com dados de uma pesquisa realizada com mais de 100 mil professores pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre violência em
escolas, o Brasil lidera o ranking de agressões contra docentes. E nesta semana mais um caso deste tipo teve registro. Em Carapicuíba, uma professora foi agredida pela mãe de um
aluno em uma escola municipal nesta última quarta-feira (2).
A professora Vanessa Rosa relata que a mulher tinha ido buscar o filho e a agrediu depois que ela se recusou a liberar uma outra criança na saída da escola sem autorização dos pais, na EMEF “João Hornos Filho”, na Vila Cristina.
Sobre o caso, Vanessa desabafou nas redes sociais: “Você está trabalhando e é agredida por uma mãe porque estava protegendo a criança. Os pais olhando, ninguém faz nada. A escola, também não faz nada. Isso é um absurdo, estamos abandonados, ninguém
olha por nós”, lamentou.
“O professor está largado. Não somos nada, não valemos nada. Profissão ingrata”, completou ela, que recebeu o apoio e palavras de incentivo de milhares de internautas. Foi registrado um boletim de ocorrência contra a mãe que agrediu a professora . A Prefeitura de Carapicuíba diz que ofereceu suporte e atendimento psicológico à docente.
Em São Paulo, segundo levantamento feito pela GloboNews, o número de agressões a professores cresceu 73% em 2018 em relação ao ano anterior. Já dados divulgados sobre uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores de São Paulo apontam que mais da metade dos docentes da rede estadual de ensino afirmam já ter sofrido algum tipo de agressão, sendo a mais comum a agressão verbal (44%), seguida por discriminação (9%), bullying (8%), furto/roubo (6%), e agressão física (5%).
Redação CONTI outra. Com informações de Visão Oeste e Nova Escola
Imagem de capa: reprodução Facebook