Arrependimento não é necessariamente ruim. É uma sensação que não desce bem, mas, ao mesmo tempo, uma prova inegável de aprendizado. Quem se arrepende, pensou melhor, aprendeu, ponderou, viu ou ouviu alguma razão.
A vida está aí para isso. Para irmos para frente, e voltarmos se for melhor. Um passo atrás para evitar queda maior. Arrepender-se é tomar para si a responsabilidade de algo que não bateu tão bem assim, voltar atrás e escolher outro caminho.
E, por mais que a culpa espreite os arrependidos, não há muito espaço para ela quando se trata de mudança de atitude. O direito de mudar de opinião, caminho, certeza, promessa, o que seja, é para qualquer um de nós.
Vamos desapontar e aborrecer muita gente, mas não há justificativa no mundo que nos obrigue a viver desapontados e aborrecidos somente por não poder bancar um arrependimento.
Haverá prejuízos? Sim. Rompimentos? Também. Descrédito? Certamente.
Mas nada será tão libertador quanto o poder de escolher. E na vida, quando escolhemos errado, – e fazemos isso milhares de vezes – precisamos de uma alternativa para voltar aos sonhos e esperanças, mesmo que seja em forma de arrependimento.
Que nunca seja uma desculpa para cometer insanidades. Que não seja instrumento para magoar nem desiludir. Que jamais seja garantia de isenção de responsabilidade.
Mas que seja uma alternativa, sempre que uma decisão tomada esteja fazendo sofrer, amargando a vida, criando feridas.
Pessoa de palavra não é a que jamais volta atrás. Palavra boa é a que sai com verdade, com coragem, respeito e consistência, apesar de todas as consequências.
Vamos lutando para que os arrependimentos seja menores do que as boas escolhas, mas com consciência de que os erros são excelentes e contundentes professores.
Arrepender-se é uma opção. Fica a dica.
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