QUANDO O FÃ VIRA RIVAL, por Fabrício Carpinejar

A inveja enfraquece as mais fortes personalidades.

A treta de Projota com Lucas é rivalidade.

Até o momento em que Lucas era fã, somente fã, Projota se sentia endeusado e protegido.

No meu entendimento, tudo mudou quando o ator se apresentou ao redor da piscina.

Começou o escárnio, a perseguição e a tentativa de colocá-lo no paredão a todo custo.

O músico decidiu, pelas costas, debochar dos trejeitos e das rimas de Lucas, à caça de likes e de risadas dos seus cúmplices do BBB. Ele se viu em disputa, desqualificando alguém afeito ao rap e à poesia. Não aceitou dividir a realeza. Não admitiu a concorrência. Não tolerou a sombra de um talento.

Foi ego ferido, vaidade sangrando.

Não respeitou um colega de igual para igual. Valeu-se da prepotência da carreira para desfazer o mérito do novato. Como o antigo show de calouros do Chacrinha, em que se entregava um abacaxi de prêmio.

O sermão de Projota para Lucas, festejado até pelo apresentador do programa Tiago Leifert, já tinha a natureza de “cala a boca e me escuta”. Não representava uma orientação amorosa, como havia sido divulgada, mas uma ameaça de que não invadisse o seu palco. Não consistia em proteção e tutela, mas pura intimidação.

Grandes são os humildes que reconhecem a diferença e não censuram a arte do outro. Grandes são os que abrem espaço para os mais jovens, emulam, inspiram, incentivam os seus trabalhos.

Somos rascunhos de quem nos lê e nos escuta e assim nos aperfeiçoa.

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Abaixo, a publicação original:

Confira também o nosso podcast sobre o BBB21.