Por María Beatriz Valdivia
Seu clima é aprazível e ensolarado; o período de chuvas vai de janeiro a março e o resto do ano tem sol permanente.
Cidade de gastronomia requintada, imponentes templos coloniais, uma área rural idílica, vulcões, a marca da história presente a cada passo e até seu próprio passaporte!
A presença marcante na culinária arequipenha é o camarão, um crustáceo de rio, característico da região. Destacam-se as “frituras” e o lendário “chupe de camarões”. A variedade e o sabor das frutas peruanas, mundialmente reconhecidas, estão presentes também nos mercados de Arequipa.
Dizem que os arequipenhos têm um marcado sentido da identidade e que a Praça de Armas da cidade é uma das mais belas do Peru. Contam ainda que até 1868 o lugar era um grande mercado ao ar livre. Três dos quatro lados da praça estão rodeados de portais, outra manifestação de um estilo nobre e majestoso. No centro histórico, alguns casarões foram transformados em hospedagens aconchegantes, onde o visitante encontrará o conforto dos dias de hoje no seio do encanto de outrora.
Quase todas as construções são de “sillar”, pedra vulcânica, por isso a denominação de “cidade branca”. O sillar não é a lava solidificada dos vulcões, senão a enorme nuvem de cinzas que se depositou no solo milhares de anos depois de uma erupção. Extrai-se em grandes blocos que viram tijolos, com ajuda de um cinzel. Ainda hoje é usado na restauração das casas coloniais e em igrejas, e faz parte da identidade arequipenha. Pode-se dizer que a cidade toda é como uma oferenda ao Misti, seu famoso vulcão de 5800 m de altura.
Arequipa é dividida pelo rio Chili, tributário do Quilca, que desagua no oceano Pacífico, e há várias pontes que comunicam a urbe com seu lado colonial e com as zonas residenciais. A ponte Bolognesi, de quatro séculos, a ponte Grau, com seus belos arcos, e a ponte Bolívar ou ponte de ferro, desenhada por Gustavo Eiffel para a ferrovia. Esta última ponte permite atravessar o ponto mais largo da quebrada do rio Chili.
Durante a colônia foram construídos os “tambos”, lugares aonde chegavam os arrieiros da costa e do planalto. Arequipa era uma cidade comercial e estes eram os pontos principais de fornecimento para os comerciantes que chegavam em caravana.
A Catedral da cidade é um museu e um templo vivo, com seu órgão do século XIX.
No centro, encontra-se a “Casa del Moral”, o primeiro casarão colonial a ser totalmente restaurado e transformado em museu. A fachada apresenta um interessante trabalho em pedra sillar. É uma típica residência do século XVIII e deve seu nome à centenária amoreira que há no pátio principal. Para visitar também, a “Casa Goyeneche”, do arcebispo José Sebastián de Goyeneche Barrera, a mais bela residência da época, atualmente administrada pelo Banco Central da Reserva.
Quem quiser caminhar, deve conhecer o bairro de São Lázaro a cinco quarteirões da praça. Poderá encontrar a Arequipa de quatro séculos atrás: aprazível e com estreitas ruazinhas empedradas. É o bairro mais antigo da cidade, orgulho dos arequipenhos.
No setor rural, o distrito de Sabandia, que possui um dos moinhos aonde chegavam os grãos do campo para serem processados. Eram moídos o trigo, a cevada e o milho preto para fabricar uma bebida típica da região, a “chicha de jora”.
Yanahuara, o lugar mais importante do vale no período pré-hispânico, é um setor cheio de restaurantes, com um mirante espetacular. Nas celebrações deste distrito é habitual o consumo de “queso helado”, sorvete preparado em forma artesanal.
No distrito de Sachaca, encontra-se uma das picanterias mais famosas: La Lucila. A sua proprietária tem 95 anos, mas ainda dirige o local, embora cozinhem suas filhas e sobrinhos.
Na arquitetura religiosa destacam-se:
– A Companhia de Jesus, edificada no S. XVII, de estilo barroco;
– O Mosteiro Franciscano La Recoleta, fundado em 1649, de estilo romântico e neogótico, em pedra sillar, conta com peças de arte pré-colombiana e religiosa. Possui uma pinacoteca e uma biblioteca, com livros dos S. XVI e XVII;
– O Mosteiro de Santa Catalina de 1580, uma cidade dentro de outra. São 20.000 m2 para abrigar as filhas das famílias mais ricas com vocação religiosa. A clausura é absoluta e já viveram nele até 400 freiras. Elas só rezavam, tinham servas para os afazeres domésticos. Atualmente só abriga um grupo reduzido de religiosas.
Outra manifestação artística: os tecidos de alpaca, os mais vendidos no sul do país. A lã de alpaca pode mostrar uma ampla gama de cores, graças ao uso de corantes naturais. A técnica da tecelagem é transmitida de geração em geração e cada trabalho é único.
Quer comer chocolate? Os chocolates em Arequipa identificam-se com uma fábrica: La Ibérica.
A criação de cavalos de paso é também uma atividade importante para o camponês.
Conheça Arequipa!:
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