Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro!

Por Juliana Santos

Faz tempo que penso na magia da amizade e no bem enorme que os grandes e verdadeiros amigos fazem à nossa vida! “Que haverá de mais doce do que poder falar a alguém como falarias a ti mesmo?” Cicero – filósofo romano

Como humanos, desde que nascemos precisamos da presença dos outros para nos desenvolvermos e sermos felizes. Estudos já comprovaram que crianças privadas de afeto têm atrofias cerebrais, afinal… já é sabido, o cérebro hoje é entendido como resultado de nossas relações e não mais como a gênese de nossos impulsos e comportamentos. Quem coordena nossas sinapses, e nossas conexões neurais são nossas experiências humanas ao lado dos outros. No início, ao lado de nossos pais e parentes próximos e depois, ao lado dos amores que escolhemos viver! Sim… amigos são amores! E assim, vamos preenchendo nossa vida de significados!

Apenas chamamos de amigos alguém a quem amamos e sentimo-nos amados, gratuitamente. Na amizade, não cabem utilitarismos, hierarquia ou qualquer uso de poder, já que a relação se estabelece é de igualdade. Para os amigos do peito, podemos contar os segredos do nosso coração. São as pessoas que queremos por perto nas melhores e piores horas de nossas vidas.  Eles se tornam testemunhas da nossa existência e nos dão um senso de segurança que nos permite ter a certeza de que sofreremos de saudade, mas não de solidão.

Quer provar a verdade de uma amizade? Veja se ela resiste à franqueza. Sim! Em algum momento, será preciso censurar, corrigir ou instruir com benevolência. Em contrapartida, o outro coração deve estar paciente e humilde para não deixar-se tomar pelo orgulho e ressentimento.  A bajulação não nos permite ser verdadeiros com os outros. E quando um se põe a dizer a verdade e o outro ouve com mentira, e vice versa, não há amizade, há perigo, há falsos amigos.

Mas com estes também precisamos conviver! Uma vez que os verdadeiros criam bases sólidas e colocam o nosso ego e nossa alma numa vivência de calor e aconchego, os falsos amigos tomam a nossa inocência e despertam a nossa astúcia , qualidade também necessária  à nossa sobrevivência.

A vida é assim… não escolhemos o bem ou mal, mas sim temos de aprender a lidar com um e com outro. Toda experiência que fazemos serve para exercitar tanto o biológico, quanto o psíquico. Desta forma é que incrementamos nossos sistemas de recursos emocionais, que nos capacitam a cada dia para lidar com nossas questões humanas. À medida que somamos vivências, o nosso ego ganha capacidade organizadora e cria em nós um senso de continuidade, que nos permite ir adiante.

 Ah… “mas quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro.” (Ecl6, 14) E ainda que tenhamos que conviver com inúmeros falsos amigos, gostoso mesmo é preencher a vida de gente boa! Elas, além de outras tantas coisas boas na vida, nos fazem companhia e nos fortalecem na arte de navegar, com segurança, nas torrentes do caminho rumo à auto realização, além de preencher o coração da melhor sensação humana que podemos ter: ser amados! Afinal,  o prêmio da amizade é o próprio amor e prazer que ela desperta!

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contioutra.com - Quem encontrou um amigo, encontrou um tesouro!Juliana Pereira dos Santos – Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica Junguiana. Aprimoranda em Psicopatologia e Psicologia Simbólica pelo Instituto Sedes Sapientiae e Coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching. CRP: 06/ 108582







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