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Quem precisa dispor, além do seu próprio tempo, do tempo alheio para pensar, decidir, ponderar, comparar, se encorajar, jamais devolverá ou compensará o tempo dedicado.
Quem te pede tempo, te rouba momentos. Quem te coloca na fila de espera, não te tirará de lá. Quem alega confusão e desorientação, rouba um tempo que não lhe pertence.
Quem pede ao seu tempo que se converta em paciência e compreensão, busca segurança que jamais oferecerá de volta.
O tempo controlado é o tempo escravizado, aguardando uma decisão, um veredito, um rompimento definitivo.
Não disponibilize seu tempo como moeda de troca, crendo nos pontos extras que poderá obter. Quem te pede tempo, pede na verdade um meio de deixar esfriar o que ainda está quente e é mais difícil de lidar.
Não aposte suas fichas no tempo que se arrasta enquanto a espera esmaga uma esperança após a outra. Tempo é separação homeopática. É uma tentativa infantil de despertar uma decisão sem maiores explicações.
Quem te pede tempo, pede mais do que isso. Pede espaço, pede distância, pede silêncio.
E, se quem te pediu tempo voltar, não trará consigo o tempo mastigado e mal digerido. Trará sim uma atmosfera de incertezas e insegurança. Talvez outro tempo seja necessário em breve. E o tempo vai passando…
Quem te pede o que não pode te devolver, te pede que faça concessões em vão, por egoísmo, vaidade ou covardia. Tempo para refletir. Tempo para decidir. Tempo para se encontrar. Tempo para esfriar.
Cuide do seu tempo com carinho. Não o ofereça a ninguém, não se coloque em posição passiva, não aceite condições de passatempo.
A tentativa de viver o tempo do outro é a mais triste forma de matar o tempo que se tem para viver em plenitude! Não dê tempo, dê um até qualquer dia! E a vida segue no ritmo do tempo que lhe pertence.