por Sara Espejo, Rincón del Tibet
Os abraços que não se pedem, que nos assaltam e que nos envolvem, têm um grande poder curativo. Os seres humanos são criaturas sociais cheias de emoções e precisam desse contato diário, com o qual reafirmam suas relações e, ao mesmo tempo, sentem-se queridos. Amados.
Em nosso espaço falamos muito frequentemente da necessidade de aprender a estar só, de evitar apegos pouco saudáveis que, às vezes, nos prendem a coisas e pessoas até o ponto de vetar nosso crescimento pessoal. Entretanto, tudo tem seu equilíbrio e sua razão de ser.
Todos nós precisamos estar unidos a algo ou a alguém de alguma forma, por mais que resistamos. Todos nós temos asas para voar, mas também raízes nas quais nos prendemos para amar, para nos enriquecermos com essas relações que também nos definem: os amigos, a família, o parceiro, os filhos…
O abraço, vínculo de amor e segurança
Os abraços, assim como o contato físico, fazem parte do nosso bem-estar psicológico e também do nosso desenvolvimento. Embora grande parte dos seres vivos precise desse contato para se relacionar com os outros, no caso dos humanos a necessidade de acariciar, de abraçar e de sentir pele com pele cumpre também outras dimensões que vale a pena conhecer.
Nosso cérebro social precisa de abraços e carícias
Quando chegamos ao mundo, nosso cérebro, longe de estar maduro, não fez mais do que se desenvolver em aproximadamente 25%. O resto das estruturas e das uniões neuronais serão determinadas, sobretudo, pelos 5 primeiros anos de vida, nos quais o estilo de criação será determinante.
Temos que pensar que, durante estes primeiros meses de vida, não há linguagem e a comunicação é estabelecida através das emoções, das carícias, dos beijos, dos abraços e dessa voz quente que cuida e oferece segurança.
Se uma criança não é atendida quando chora, se não correm para acalmá-la, se a balançam ou se não cuidam dela com um amor sincero, tudo isso gera estresse. Um cérebro acostumado a secretar cortisol é um cérebro que não se desenvolve bem.
O isolamento social ou a privação de carícias quando pequeno faz com que muitas células cerebrais não amadureçam para formar a matéria branca do cérebro. Por sua vez, também se produz menos mielina, a qual é essencial para que os neurônios se comuniquem entre si.
Tudo isso causaria certos atrasos cognitivos, além de déficits sociais e emocionais.
A importância dos abraços nos relacionamento amorosos
Um abraço tem, às vezes, mais importância do que as palavras. A linguagem não verbal impacta diretamente nosso mundo emocional e nossos relacionamentos amorosos, e tem um significado ainda mais especial se vem acompanhado de um contato físico.
Algo tão simples e elementar como um abraço proporciona uma imensa sensação de plenitude para quem o dá e para quem o recebe. Ambos ganham e considera-se, ao mesmo tempo, um gesto capaz de nutrir nosso cérebro, capaz de nos fornecer, em determinados momentos, mais benefícios do que o próprio alimento.
Os abraços não são pedidos, não são moeda de troca e nem são exigidos. Também vale a pena ter em conta que nem todos os abraços são iguais; se vêm de uma pessoa que amamos e que vive em nosso coração, então nosso cérebro libera oxitocina, o hormônio relacionado ao bem-estar e ao prazer.
Nada adquire tanto significado quanto um abraço diante de momentos de dúvida ou mal-estar emocional, quando os medos e as ansiedades nos visitam.
O fato de nos sentirmos envoltos com força, amor e sinceridade por essa pessoa especial aplaca quase instantaneamente o frio da alma para nos demonstrar que tudo está bem. Que o mundo está em calma.
Um abraço alivia o estresse, reduz a ansiedade e favorece nossa saúde física e emocional. Um abraço nos aproxima da pessoa amada.
Assim como dizíamos antes, é importante manter sempre o amor próprio e evitar os apegos exagerados que não deixam espaço para o crescimento pessoal, nós sabemos disso.
No entanto, em um relacionamento estes gestos são vitais para reafirmar a própria relação, porque todos nós precisamos nos sentir seguros e receber proteção, ao mesmo tempo em que a oferecemos ao outro.
Trata-se, finalmente, de dois seres construindo uma mesma unidade. Consequentemente, não economize abraços, não os deixe para amanhã nem permita que seu parceiro os peça.
Pratique o “abraço de urso”, aquele de tanta força que tira o fôlego, mas que, ao mesmo tempo, transmite mensagens como “Eu te apoio, compartilho sua alegria ou suas tristezas e te amo”.
***
Photo by Gustavo Fring from Pexels
A Geração Z, que já ocupa posições de liderança em diversas empresas, traz uma nova…
Um vídeo que viralizou nas redes sociais recentemente faz um alerta para um perigo doméstico…
Novas imagens dos astronautas Sunita Williams e Barry Wilmore, que estão na Estação Espacial Internacional…
Se você já está cansado dos títulos famosos e antigos da Netfix, essa indicação é…
A atriz e modelo cubana Lisandra Silva revelou ter suspendido o uso de Ozempic, medicamento…
O filme que acaba de estrear na Netflix e já figura no TOP 10 em…