Quero você, quero nós dois. Um amor sem calendário e sem o precipício conhecido por aqueles que não mantiveram os cafunés em dia. E dentro de todos os beijos e entrelaçares de pernas, o gosto do inteiro. Quero nós dois no sentido mais simplificado e ao mesmo tempo mais amplo.
Quero você de hoje em diante até os versos ganharem novas entrelinhas. Um amor sem empecilhos e sem esse desfazer frequente conhecido por aqueles que não insistiram no respeito constante. E dentro de todos os sorrisos e trocas de olhares, o sabor intenso. Quero nós dois no sentido mais excitante e ao mesmo tempo mais sereno.
Porque você é fogos de artifício em dias nublados. Porque você não pesa, ultrapassa ou tira, em qualquer dia, esse querer onírico e ao mesmo tempo crível postado, compartilhado e existencial entre nós. Enrustido, apetitoso, cristalizado, quente. Tudo isso poderia ser inexplicável, ou, na mais absurda das hipóteses, impensável. Mas não você. É uma sede que não cessa, é um viver que não se esvai. Tento, muitas vezes, encontrar caminhos que nos cruzem. Que tragam algo ainda mais novo, jovial e inquietante. Porque não dá para ser nada menos com você, para você e por nós.
Desconheço acasos, ignoro previsões e, tampouco, dou ouvidos para os possíveis destinos traçados por um outro alguém. Mas devido ao nosso encontro, parece que todas esses caminhos, de alguma forma, acertarem em cheio esse amar sem juízo. Inexplicável e, no entanto, vivenciável.
Quero você, quero nós dois. Um amor sem passado presente e sem o futuro do pretérito lamentado por aqueles que não souberam como continuar. E dentro de todas essas palavras e linhas soltas, o amor real. Quero nós dois no sentido de não haver sentido. Quero você ao mesmo tempo que me quero, seu.