Por Patrícia Dantas
O que queremos com nossa quantidade de razão e sensibilidade espalhadas e desconexas em nossos poros de amores, inspirações, loucuras, paixões e de morte?
Se não temos a métrica perfeita para medir toda essa explosão dentro da gente, essa harmonia deixa o ser humano assaltado dentro de si, porque um não se une ao outro; a razão é metódica com os sentimentos, gregária em seu espaço; a sensibilidade é predadora da própria carne, exploradora de cada lugar por onde passa. Ainda hoje parece meio controverso unir razão e sensibilidade.
Jane Austen, nos séculos dezoito e dezenove, pensou a razão e a sensibilidade buscando adaptações necessárias para esses poros e polos humanos. Ela sentiu, talvez, o que os outros sentiam frente a esses dois enigmas poderosos o que muita gente não sabia exprimir ou lutar para chegar a uma liberdade permitida dentro daquela sociedade inglesa provinciana, cheia de normas e exigências morais. Assim, ela deu vida a Razão e Sensibilidade, orgulho e Preconceito, Persuasão, Emma, só para citar alguns dos seus livros.
Escrever sobre essa sociedade romântica, observar a vida das pessoas, comparar os gestos, os papeis, os arranjos permitidos, exigia sobretudo um olhar mais questionador e à frente do seu tempo.
Embora se pagasse uma cara resistência por assumir tal postura, encontrava muitas mentes pensantes sobre essas particularidades que incendiavam a vida de muitas pessoas, principalmente as mulheres que desejavam conquistar mais espaços de liberdade, sem o consentimento das suas famílias.
Estava na hora de começar algumas mudanças: pensando, dialogando, escrevendo, atuando. E tudo isso não passava despercebido, havia questionamentos e um mal-estar barulhento dentro de algumas almas que queriam se libertar e ganhar voz ativa, opinar, assumir uma postura que valesse em qualquer lugar, já não aceitavam mais tão passivamente as regras do jogo.
E em nosso tempo presente, será que temos essa inquietação para a conquista de uma liberdade maior para as sensações e sentimentos que nem sempre entendemos como são tão íntimos e nossos? É razão, é sensibilidade, é o que? Quem merece prioridade dentro das nossas vidas tão cheias de afazeres diários? Nem sempre temos tempo para pensar e fazer a escolha mais sensata frente ao mundo caótico e prático que nos cerca.
Muitos poetas, escritores, filósofos, pessoas e pessoas pensam diariamente nessa abstração de temas que tomam conta do nosso cotidiano acelerado e tantas vezes ausente, que dão origem aos romances e ficções comuns a todos os tempos, com outros vieses, outras conotações, outros meios.
E esse tempo que se apega a nós, trazendo novidades tão cheias de interpretações e compreensões diversas também nos traz outras razões e sensibilidades diante das nossas escolhas.
É somente o meu ato, minha continuidade, o meu olhar que estendo ao outro que podem medir minha presença nesse burburinho caótico e acelerado das horas que refletem nosso ser em algum lugar possível de chegar. Talvez um dia contem como foi esse nosso tempo.
Uma história impactante e profundamente emocionante que tem feito muitas pessoas reavaliarem os prórios conceitos.
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