É muito fácil falar de amor. É muito fácil opinar e descrever suas nuances e resultados desejados. Mas, quando o encontramos, quando o recebemos de mãos beijadas em nossa porta, não sabemos lidar com. Numa comparação estapafúrdia, mas realista, é como um cão que persegue por quilômetros um automóvel e, ao conquistar a difícil tarefa de alcançá-lo, simplesmente abana o rabo e não sabe a reposta e pensa – o que faço agora?
Os relacionamentos atuais são hipócritas demais, esse é o problema. É o chamado mimimi tão repetido em conversas de bar adentro. E isso não é um problema entregue somente aos homens, mas também para as mulheres. Existe pouco autoconhecimento de ambas as partes. As pessoas não sabem o que querem, mas querem. É possível dar vazão para algo assim? Pede-se mais amor, uma atenção do crush que visualiza e não responde e tudo mais de reconhecível nessas relações líquidas e triviais dos tempos atuais. Covardes, excluímos qualquer aceno de afeição em caso de desinteresse. Logo, por que não assumir encontrar-se num período casual? Entenda, não é cafajestice – seja do gênero que for, entregar-se por um sexo único naquela noite ou, ainda, distribuir beijos no melhor estilo saldão. A problemática nos relacionamentos reside quando, fingindo ser quem não somos, almejamos colher algo que sequer oferecemos. Também não é questão de reciprocidade, mas de um alto grau de honestidade e humildade para reconhecer e confessar para quem quer que seja, o seu momento de vida no instante vivido.
Ninguém é obrigado a estar com alguém. A conversa fictícia do amor resiliente, do amor superlativo e aconchegante, não importando o dia e hora, cá pra nós, nem precisaria existir. Porque o amor é algo a ser construído beijo por vez, diálogo por dia. Mas ficamos excitados diante da oportunidade de viver um romance extraordinário e ornamentado por carícias incontáveis e fofuras provenientes dessas narrativas à lá Disney. Talvez, o significado da palavra trouxa venha disso. Inconsequentes e imaturos, depositamos cada carência no primeiro peito quente que aparece. O que está acontecendo? Inventaram alguma bebida anestesiante que ignora o nosso benquerer?
O amor é, quase sempre, um estudo de caso. Obviamente, existe regra para toda exceção. Infelizmente, em tempos de memes e piadas prontas, o amor termina sendo banalizado pela nossa cegueira em compreendê-lo e sê-lo. Porque o amor é a cada instante. Agir com sinceridade é um indício de amor, sim. Por você e pela companhia partilhada. Ou, você imagina a empatia sendo meramente um conceito criado para vender camisetas? Empatia é gota de amor.
E prevendo os ditosos de injúrias sobre o texto acima, propunham-se ouvir, dentro dos pequenos universos paralelos das suas couraças emocionais, onde habitam os relacionamentos hipócritas. Às vezes, eles residem nos encontros e partidas dessa corrida sem sentido que insistimos dizer não nos importarmos, mas que estamos sempre pleiteando. É do amor que refiro-me, em caso de dúvidas. O amor por você.
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